3.8.07

sobre os livros


Ler é uma tarefa extremamente difícil pra mim.
Já começa por aí. tarefa. deveria ser um prazer? não sei.
O que sei é que raras foram as vezes que acabei um livro e o quis ler de novo.
O que eu encontrava era sempre aquela sensação de alívio.
Dostoyevsky e seus irmãos Karamazov e um tanto de outros clássicos li sob a mira de meu próprio rifle.
Outros, como Sartre e Proust, nem me atrevi, apesar de ter uma puta vontade.
Não sei se é pela minha limitada capacidade de absorção ou pelo fato de não conseguir me concentrar em nada, o certo é que leio e esqueço.
É triste ter gasto tanto tempo com "On the road" e "Pesadelo refrigerado" e não ter muito a dizer. A leitura me trouxe vários momentos felizes, leves e até, pasmem, de reflexão. Só que não é o livro como obra que me leva a isso, e sim 01 ou 02 capítulos, ou alguns parágrafos isolados.
Sempre tive exemplos em casa de pessoas que adoram ler, primeiro o meu irmão e agora a Sica.
Os dois tem a estranha mania de cheirar os livros. Será isso um truque, um conhecimento adquirido e não repassado?
Mesmo os autores de quem gosto, como Kafka, Nick Hornby ou Mirisola são meio complicados para mim. Quem me conhece sabe, não sou das pessoas mais "cultas". Meu blog é sobre futebol!Mas não me considero derrotado, tampouco inapto para a leitura, e é com esse sentimento que tento mais uma vez destoar.
A Sica me comprou o "31 Songs", do Hornby, e quer saber a verdade, eu fiquei feliz pra caralho! Esse é um livro que eu realmente queria ler. Acho que agora vai. Mas caso eu não consiga chegar ao final, pelo menos vou ter um cd bem bacana pra escutar.
E se um dia alguém comentar sobre esse livro, eu faço aquela cara de "Sei, já li!", e uso uma das frases de efeito do Mirisola.

2 comentários:

Gil disse...

É Bozó....tua sinceridade te faz, no mínimo, mais esperto que os que fingem que lêem...

Anônimo disse...

Pra que tanto martírio? Basta comprar uma camiseta do Chê, deixar crescer um cavanhaque, carregar um livrinho qualquer do, sei lá, Foucault a tira-colo ( inclusive e principalmente em filas de cinema ou teatro ), decorar umas duas ou três frases de algum professorzinho da USP proto-fascista ( e petista, é claro ) e está feita a formação de 99% das pessoas "cultas" do Brasil.
Ler, e ainda por cima tentar entender como você faz, é para quem não conhece essas espertezas...
Hay que emburrecer, pero sin perder la impostura!
Hahahaha!!!!