27.12.06

uma invenção maluca dos irlandeses

Em julho fui assistir ao jogo do São Paulo contra o Estudiantes pela Libertadores plenamente convencido de que mataríamos a partida logo e não haveria muito sofrimento. O jogo de ida tinha sido lá, antes da Copa, e havíamos perdido por 1x0 com um gol no fim do segundo tempo, quase aos 45. Foi um mês inteiro esperando a volta e a chance da revanche. Nunca na minha vida eu sofri tanto com um jogo. O São Paulo demorou pra marcar, mas acabou devolvendo o resultado da Argentina, o que levou a disputa pra decisão por penaltys. Não desejo isso pra ninguém. Todos os jogadores marcaram, até a hora em que o Danilo foi cobrar. Desespero. O meia cobrou mal e perdeu. Mas aí o Rogério brilhou, defendeu a cobrança de Alayes e viu Camusca chutar pra fora. Estávamos classificados para a semi, na minha primeira e até hoje única decisão por penaltys num estádio. Mas poderia não ter sido assim.

Imagine a cena:

Inglaterra, 1891.

Jogo válido pela Copa da Inglaterra entre Notts County e Stoke City.
O Notts vencia por 1x0, quando numa jogada dentro da área o zagueiro Henry coloca a mão na bola e evita o gol de empate. O juiz aponta. È falta. Isso mesmo, falta. O Penalty não havia sido inventado, ainda. O goleiro do Notts se posta na frente da bola e defende.
Esse jogo foi o ponto chave pra mudança na regra. A idéia, acreditem, foi de um goleiro, o irlandês William McCrum, e a regra foi oficializada em 02 de Junho de 1891, em Glasgow, numa reunião da Internacional Board.
No início houve resistência, sobretudo por parte dos ingleses, com o argumento de que o jogo era disputado apenas por cavalheiros, e portanto não precisava de regras para punir jogadores desleais. Os jornais da época diziam se tratar de “uma invenção maluca dos irlandeses” e classificaram a regra como a “pena de morte para os goleiros”. Em algumas cobranças de penalty era normal os goleiros ficarem encostados na trave, sem fazer nenhum esforço para defender a cobrança. Acontece que os atacantes também protestavam e acabavam chutando a bola por cima do gol.
O penalty talvez seja o maior ponto de discussão que existe no futebol. Foi? Não foi? O goleiro se adiantou? A “paradinha” vale? Se não fosse pelo irlandês maluco, talvez o Baggio não tivesse um dia tão ruim na vida dele como teve naquele verão de 94, e o milésimo gol do Pelé talvez não fosse tão cheio de folclore como é até hoje. E o melhor de tudo é que o mundo inteiro parou para assistir.Afinal, quem não pára pra ver uma cobrança de penalty?

23.12.06

querido papai noel



Neste ano fui um rapaz bacana, não briguei no estádio e tampouco desejei mal para a família de qualquer jogador de outro time. Meus xingamentos foram controlados, nenhum deles provocou espanto ou causou mal estar entre os presentes. Aceitei as derrotas e reconheci o esforço dos jogadores, mesmo quando eles pareciam andar em campo.
Como o senhor pode ver, me comportei de forma exemplar, e nos meus pedidos serei bem simples e comedido. Nada de extravagâncias.
Prá começar, uma goleada na final do Paulista e a queda do Leão, só prá manter a tradição. O senhor sabe como isso é importante. Se não for pedir muito, uma Copa São Paulo poderia servir de aperitivo.
Bom, passado o regional, vem a conquista da América, com o tetra da Libertadores, mas que dessa vez seja contra algum clube argentino, de preferência o Boca. Daí até o Brasileirão é um pulo, e ganhar o campeonato nacional antes de golear o Chelsea na final do Mundial vai dar uma emoção a mais no fim do ano.
Ah, se o senhor quiser me dar a Sulamericana, eu também vou aceitar... e eu sei que você também ficaria bem feliz, afinal sua roupa te denuncia.
Então é isso, Senhor Noel.
Mas se o senhor quiser me surpreender mesmo, poderia convencer o Zidane a voltar a jogar e vim encerrar a carreira aqui no tricolor!!

19.12.06

febre de bola

Ao completar onze anos, Nick Hornby foi levado pela primeira vez, pelo pai, a um jogo de futebol. A paixão pelo time do Arsenal, imediata e avassaladora, logo se transformou em obsessão, e Hornby se transformou naquilo que nós, brasileiros, chamamos de "um torcedor doente".
Escrito sob a forma de diário, de 1968 até os dias atuais, Febre de bola, seu livro de estréia, é uma empolgante e espirituosa crônica de devoção de Hornby pelo Arsenal Football Club - uma autobiografia penetrante, agridoce e muito engraçada, na qual a vida do autor é medida não em anos mas em campeonatos. Para Hornby os altos e baixos da sorte do time batem em compasso perfeito com os sucessos e fracassos de sua própria vida. O divórcio de seus pais, a chegada de uma madrasta exótica, o fim de um caso amoroso - tudo corresponde a certos eventos no estádio de Highbury.
Febre de bola é um sofisticado estudo sobre a obsessão, a família, a masculinidade, as diferenças de classe, a identidade, a passagem para a vida adulta, a lealdade, a depressão e a alegria. Revelando-se um verdadeiro craque, Nick Hornby desenrola sua prosa terna, que faz rir e emociona e explica, tanto para o amante de futebol quanto para o leigo, o que realmente significa ser um torcedor.
Esse texto aí em cima não fui eu que escrevi, é a "orelha" do livro, mas como eu não conseguiria escrever coisa melhor, e que definisse o livro de uma forma mais clara, resolvi transcrever aqui no blog. Na verdade ainda não acabei de ler, mas o que li gostei. Já o filme baseado nele.... não vi e não gostei. Parece que o roteiro foi adaptado pelo próprio Nick Hornby, mas como é um filme americano, em vez de futebol, o herói é apaixonado por beisebol. Os papéis principais são de Jimmy Fallon e Drew Barrymore, e o longa, aqui no Brasil, chama-se Amor em jogo. O filme foi dirigido e produzido pelos irmãos Farrelly, os mesmos de Quem vai ficar com Mary?. Teve gente que viu e gostou, como a crítica Angélica Brito, e se voce quiser saber a opinião dela, é só clicar: http://br.cinema.yahoo.com/filme/12247/critica/9078/amoremjogo. Mas se você é mesmo apaixonado por futebol, encha-se de preconceitos, assim como eu, e leia o livro...

18.12.06

melhores de 2006


O italiano Canavarro e a brasileira Marta foram considerados os melhores jogadores da temporada.
Não vi nenhum jogo da Marta, então não posso opinar, e sobre o Canavarro já dei minha opinião.
É uma pena o Zidane não ter ganho este prêmio.
Ele foi o melhor que eu vi jogar.

seleção tem novo camisa 10

Rogério Ceni, em jogo beneficente em Sinop.

17.12.06

o inter conquista o mundo


O Internacional conseguiu o que parecia impossível e bateu o brilhante time do Barcelona, conquistando pela primeira vez o Mundial Interclubes. Repete o feito de outras 4 equipes brasileiras, Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo, que conquistou o tricampeonato na edição do ano passado, e que ganhou o seu primeiro título em cima desse mesmo Barcelona.
O jogo foi truncado, com o Barça tentando explorar a sua melhor técnica e o Inter se defendendo e saindo para o contra ataque. O time catalão levava um pouco mais de perigo, mas não conseguiu repetir a boa atuação do primeiro jogo, e errava muitos passes. Os contra ataques do clube brasileiro não surtiam efeito, e a primeiro tempo acabou com pouquissímas chances reais de gol, mas com o Barça chegando mais perto.
No segundo tempo o Inter melhorou, criou algum perigo, mas as principais jogadas ainda eram do Barcelona. Mas ao 36 Iarley fez boa jogada e tocou para Adriano, que fez o gol do título. Na minha opinião, no começo da jogada, Iarley fez falta em Puyol, mas o juiz não marcou. O Barça partiu prá cima, e na melhor oportunidade que teve, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta rente à trave. O jogo foi até os 47, quando finalmente o torcedor gaúcho pôde comemorar.
A decepção do campeonato foi o jovem atacante colorado Alexandre Pato, que pouco fez a parece ter sentido a pressão. Vem aí um novo Dodô.
Na decisão pelo terceiro lugar, o Al-Ahly derrotou o América do México por 2x1, conseguindo se redimir da fraca campanha do ano passado, quando ficou com a última colocação.

Parabéns ao Internacional, campeão mundial interclubes 206.

alguém, por favor, mate o galvão

Galvão nasceu na época e no país errado. Para o bem da história e da humanidade, deveria ser contemporâneo de Adolf Hittler e sua Alemanha nazista. Sim, porque nem Hittler aguentaria a xenofobia do locutor e acabaria desistindo da idéia do ariano superior.
O locutor rejeita qualquer jogador que seja estrangeiro e que não jogue em clubes nacionais, e passou o jogo inteiro pedindo respeito ao clube brasileiro, respeito esse que o Barça demonstrou a competição inteira, mas que os olhos cegos desse incompetente e, como meu irmão já havia dito, máu caráter, não foi capaz de enxergar. Galvão Bueno é má pessoa,e faltou a ele o respeito que tanto pediu. Sempre fez lobby para Ronaldo, enaltecendo jogadas normais e enxergando ali um jogador que nunca existiu, nem mesmo nos seus melhores momentos, como a Copa de 2002, a agora vive a perseguir Ronaldinho Gaúcho, que é muito melhor.
Mas em uma coisa o Galvão tem razão, o Deco não foi mesmo o melhor do torneio, prêmio que deveria ter sido dado ao melhor jogador do mundo nas últimas duas temporadas, e que provavelmente será coroado amanhã novamente. Deco, na minha opinião, foi o segundo melhor, seguido pelo francês Giully. É engraçado, quando o Deco joga bem e o seu time ganha, ele é o brasileiro naturalizado, já quando perde ele vira português. Coisa típica de quem emite opiniões com a intenção clara de distorcer e influenciar.

15.12.06

ressaca

Gosto desse período de ressaca que assola o futebol. Fora pra torcida do Inter, que sonha com a conquista do mundo, quem mais está ligando? Eu, é claro.
Acompanhar especulações de compras, viver a novela da saída ou não de determinado jogador e possíveis trocas de técnicos dão uma boa medida do que se pode esperar do seu clube pro ano que virá.
Será que o Nilmar vem? E o Dagoberto? O Caio Jr vai dar jeito no Palmeiras? E o Romário, volta pro Vasco pra tentar o milésimo gol? Tá vendo, por aí já dá pra se ter uma idéia. Enquanto alguns clubes perdem o sono por causa do Nilmar, e outros tentam trazer jovens jogadores e até mesmo técnicos promissores, numa tentativa de reforçar o elenco ou de tentar colocar ordem na casa, outros se preocupam apenas em agradar a uma parte da torcida, especulando sobre a volta de um antigo ídolo, que tudo o que quer na vida é alcançar o tal do milésimo gol e depois ir tomar a sua cervejinha.
A sensação que eu tenho nessas horas em que os jogadores param e aparecem os “empresários”, é a mesma de quando fico sabendo que alguma banda que eu gosto muito está pra lançar cd novo. Esses dias vi num site que o Radiohead está gravando, e que até já testou algumas músicas novas em shows. E lá vou eu no youtube, encontrar o show e tentar decifrar alguma coisa da música no meio de um milhão de gritos e aplausos. Não dá pra saber como a música é ou será, mas dá pra ter uma idéia. Uma contratação de um jogador desconhecido é isso, você pode pesquisar e até achar alguma coisa sobre ele, como um gol num clássico da segunda divisão do campeonato eslovaco, ou um precioso escanteio cobrado na cabeça do atacante, que faz o gol e comemora a vitória que livrou seu time do rebaixamento. São idéias, vultos do que ele realmente pode ou não fazer, de quem ele é e como joga. Mas isso nunca te dirá se ele vai funcionar no seu time ou não.
Não sei definir esse sentimento que me toma nessas épocas, mas não é só curiosidade, é muito mais que isso. É uma espécie de expectativa que vai te matando aos poucos. Os dias passam e você vai querendo saber mais, vem uma angustia, às vezes até uma espécie de tontura, que é até gostoso, prende a sua atenção, mas que eu duvido que seja saudável.
Uma contratação e algum indício do que pensam os idiotas que dirigem o seu time.Toda a sorte do ano passa a depender disso. É a felicidade e a chance do bom convívio social, sem maus humores e caras fechadas no domingo à noite, tudo isso nas mãos de quem compra e vende os seus jogadores. Não adianta fazer promessas nem pular as sete ondinhas. Simplesmente não depende de você.
Mas a gente não desiste, vai atrás, e só quando conseguir ouvir a música inteira esse sentimento se dissipa.

5º lugar

Acabou agora a partida que definiu os últimos lugares no Mundial. O Jeonbuk venceu por 3x0 e ficou com o 5º lugar, enquanto o Auckland amargou a lanterna. Não assisti ao jogo, apenas acompanhei pela internet, e me parece que o time coreano foi mesmo bem superior. O que serve como mais um indício de que a chave do Barça era realmente mais forte do que a do Inter.
Vale lembrar que a disputa pelo 3º lugar acontece no domingo, 5:20 h da manhã, como preliminar da finalíssima, no mesmo dia só que 8:20 h.

Dê seu palpite:

Al-Ahly x América ( 3º lugar)

Internacional x Barcelona ( Final )

14.12.06

prá botar medo



Bastante, aliás..
Será que alguém já trocou a fralda do Pato? Porque depois do jogo de hoje...
Consegui assistir a partida graças a minha mãe, que aceitou me receber em sua casa antes das 8:30 duma quarta feira. Mãe é mãe.
Bom, prá variar me atrasei, e quando cheguei lá já estava 1x0. Um golaço.
Daí prá frente foi assim, o Barcelona atacando, sem muito esforço, mas sempre com perigo, e o América, bem, o América fez o que pôde. Quase nada.
Deco e Ronaldinho comandavam o time catalão, mas o jogo não era só deles. Todo mundo jogou bem, inclusive o Valdez, que nas raras vezes em que foi exigido fez boas defesas.
Com o gol do Rafa Marques, a equipe mexicana jogou a toalha.
Não me atrevo a falar que o Barça já é campeão, mas vai ser muito difícil pro Inter conseguir ganhar esse título.
O Barcelona fez o seu papel, entrou na competição do jeito que todo mundo esperava. Deu show. Pode-se dizer que o adversário não era dos mais difíceis, mas quando divulgaram a tabela, muita gente comemorou, afinal, quem teria que enfrentar os mexicanos eram os espanhóis. Ao Inter bastava vencer o fraco adversário que sairia das quartas e esperar a final.
Ouvi muita gente falando que ano passado a história foi parecida, que o São Paulo teve que suar prá passar pela semi e o Liverpool deu show, vencendo o Saprissa por 3x0, e que na final o clube paulista se encontrou e acabou ganhando o campeonato.
Tudo bem, jogo é jogo e ninguém ganha de véspera, mas não dá prá comparar as duas situações. Primeiro porque aquele São Paulo era mais time que este Internacional, com jogadores mais rodados e que não sentiram tanto a pressão. E também porque o Liverpool não tinha o Ronaldinho.
Não acredito em jogo fácil não, acho que vai ser uma boa partida, e pode até ser que o Inter vença e se torne campeão mundial pela primeira vez. Mas que o Barcelona é muito mais time, disso ninguém pode discordar.

sulamericana

O Pachuca, do México, é o campeão da Copa Sulamericana.
Agora são quatro os clubes que já venceram a competição. San Lorenzo em 2002, Ciencieano em 2003, e o bi-campeão Boca Juniors em 2004/05, além do time mexicano.
Talvez, daqui a uns 10 anos, quando os argentinos já tiverem uns 06 títulos, os clubes brasileiros irão deixar a arrogância de lado e vão dar mais valor para a competição.
É sempre assim, os clubes brigam prá conseguir uma vaga, e quando os jogos começam escalam times reservas. Claro que algumas vezes falta mesmo é competência, caso de Corinthians e Atlético Paranaense, mas muitas vezes falta mesmo é vontade.

13.12.06

perdeu três

Ricardo Lavolpe não é mais técnico do Boca.
Quando assumiu, disse que "técnico que perde dois jogos consecutivos com time grande tem que sair."
Bom, perdeu três, quando precisava empatar apenas um. Belgrano, Lanús e Estudiantes, estes foram seus carrascos.
Vale lembrar que o Boca chegou a ter 9 pontos de vantagem.
Façanha como essa eu nunca vi.
Aliás, só acredito porque foi com time argentino.
Viva o Estudiantes, campeão do Torneio Apertura.

a zebra rondou

O Inter jogou mal, pouco fez e teve que contar com muita sorte prá vencer a equipe egípcia em sua estréia no Mundial. Vai ter que melhorar muito se quiser levantar o caneco no domingo de manhã.
Em um primeiro tempo em que o ufanismo desenfreado do Galvão foi o principal destaque, o Inter fez 1x0 e saiu no lucro. O gol saiu num lance de sorte, com uma bola dividida sobrando pro Alexandre Pato, que parece ser bom jogador, apesar de ter pouca noção de colocação quando o assunto é impedimento. Fez uma partida correta, nada além disso. A não ser pro citado narrador, que já vê no moleque uma realidade.
O Al-Ahly até que pressionou, chutou uma bola na trave e nos últimos minutos controlou a partida. Poderia até ter empatado o jogo.
Na volta pro segundo tempo, o campeão africano passou a pressionar mais e ainda viu o seu rival perder dois jogadores com menos de 20 minutos. Não demorou muito e o empate veio, com o angolano Flavio, numa falha de marcação da defesa colorada. Aqui o ápice da xenofobia, com o Galvão sendo incapaz até de narrar o gol adversário. O Inter se perdeu. E só não perdeu o jogo porque de novo contou com a sorte. Achou o gol da vitória num escanteio, num momento em que o Al-Ahly mandava na partida. Daí até o final poucos sustos e a vaga garantida.
Ano passado o São Paulo também sofreu na semi final, mas conseguiu uma vitória bem mais convincente do que a dos gaúchos. É bom que o Inter torça bastante prá zebra que rondou o jogo de hoje possa aparecer de vez amanhã, porque o Barcelona está levando a competição a sério, sem o habitual menosprezo das equipes européias quando vem jogar o Mundial.
Qualquer que seja o adversário de domingo, ele vai entrar como favorito contra o time brasileiro.
Se for o América, favorito por ter desbancado o Barcelona.
Se for o clube catalão, bom...é favorito por ser quem é.

12.12.06

o general e o futebol


O Estádio Nacional, em Santiago, é o principal estádio do Chile, e durante a ditadura Pinochet virou uma espécie de campo de concentração.
Clayton Netz, jornalista, viveu exilado no Chile entre 1971 e 1973, e ficou preso lá.
Transcrevo abaixo o seu depoimento, publicado no dia 11 no Estadão.

"Entrei no Estádio Nacional do Chile em 2 de outubro de 1973, numa manhã ensolarada de primavera. Era a segunda vez que visitava o principal templo do sofrível futebol chileno desde meu desembarque em Santiago, dois anos antes. Na primeira ocasião, fora assistir à festa de despedida de Fidel Castro, com direito a um de seus quilométricos discursos. Dessa vez, no entanto, não estava ali por vontade própria. A bordo de uma camionete, chegara escoltado por três detetives da central da Polícia Civil do Chile. O Estádio Nacional fora transformado num campo de concentração onde estavam confinados milhares de trabalhadores, intelectuais e membros dos partidos de esquerda, detidos desde as primeiras horas do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende.
Como a maior parte das centenas de estrangeiros que lá estavam, o motivo da minha prisão foi exatamente o fato de ser estrangeiro - o golpe desencadeara uma onda xenofóbica nunca vista. Além de ser brasileiro, asilado, era portador de material altamente subversivo, no entender dos Carabineros (policiais militares): os livros Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski, e Arquipélago Gulag, de Alexander Soljenitsin...
Tão logo os policiais civis me entregaram aos militares, fui conduzido junto a um grupo de presos recém-chegados a uma ala na parte inferior do estádio, onde deveriam ficar os prisioneiros que ainda teriam de passar por interrogatório.
Como sinal de boas-vindas, não nos serviram nada para comer nas primeiras 24 horas. O mesmo tipo de gentileza foi reproduzido na hora de dormir: amontoados, tivemos de nos estender sobre o ladrilho frio do vestiário.
Depois de meu interrogatório, meus inquiridores recomendaram 'liberdade condicional'. Imaginei que em pouco tempo estaria em casa novamente. Engano. A recomendação valia apenas para os chilenos, que iam sendo liberados em doses homeopáticas diariamente.
O jeito foi nos munir de paciência à espera de que a pressão internacional fizesse com que os militares nos liberassem. Àquela altura, os organismos internacionais como o Alto Comissariado da ONU para Refugiados e entidades como a Cruz Vermelha já haviam conseguido furar o bloqueio dos militares, entrando no estádio e fazendo contato com os prisioneiros. Com isso, diminuía a possibilidade de desaparecimentos ou fuzilamentos, como aconteceu nos dias imediatamente seguintes ao golpe. O que não impediu que um dos presos, o ex-capitão da PM de São Paulo Vânio José de Matos, diagnosticado com uma grave infecção intestinal, acabasse morrendo por falta de tratamento adequado. Ou que agentes do Cenimar, o serviço de inteligência da Marinha do Brasil, tenham recebido livre acesso para interrogar alguns brasileiros, ao mesmo tempo em que brindavam seus colegas chilenos com uma aula prática de pau-de-arara, usando como cobaia um de nossos companheiros.
A chegada do Cenimar aconteceu nas últimas semanas da nossa permanência no campo de concentração. Logo voltamos à rotina de todos os dias: acordar, tomar o café insatisfatório, ficar sentados nas arquibancadas do estádio o resto do dia, com uma breve interrupção para o almoço. Nos intervalos, inclusive à noite, passávamos o tempo conversando ou então assistindo ou participando de shows organizados pelos prisioneiros.
Nossa saída, no começo de novembro, foi precipitada por um fato não previsto pelos militares: a proximidade da partida entre a Seleção do Chile e a da então União Soviética, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1974. Pressionados pela FIFA, que, inclusive, enviou uma delegação para verificar se o Estádio Nacional estava sendo utilizado como campo de prisioneiros - desnecessário dizer que os militares tentaram 'esconder' os detidos, trancando-os nos vestiários -, tiveram de esvaziá-lo a toque de caixa, enviando os presos para outros locais ou entregando-os à proteção da ONU, como foi o nosso caso."

11.12.06

cadê a televisão?

Os dois primeiros jogos do Mundial já aconteceram e eu não assisti. Fui passar o fim de semana na praia, e quando entrei no apartamento a tv não estava lá. Mas não fui o único. Se você não paga por uma tv a cabo, também não deve ter assistido. Sexta Feira fiz questão de entrar no site da Globo prá ver se o jogo do Auckland estava na programação, e mesmo depois da confirmação de que no horário do jogo estaria passando algo como a Santa Missa com o Padre Marcelo Rossi ou o Globo Rural, algo dentro de mim dizia que o site estava errado, um fio de esperança ainda soprava que eu poderia sim assistir ao jogo. Não sei direito que sentimento foi esse que veio lá de dentro, mas ele mentiu prá mim. Dei também uma olhada prá ver se na segunda eles iriam passar Jeonbuk x América. Bom, esse estava na programação, mas de nada adiantou eu acordar cedo prá ver o jogo. Os desgraçados não passaram porcaria nenhuma. Será que o do Barça vai passar, ou só vai rolar o do Inter?!
A Globo e a Record, já faz um tempo, estão brigando pelos direitos de transmissão do futebol aqui no Brasil. Seria realmente bom se as duas emissoras pudessem transmitir as partidas, e não a mesma partida. Pelo menos assim eu teria a chance de escolher entre assistir ao jogo do Santos ou do Corinthians. Porque nenhuma delas passa jogo de outra equipe, a não ser que seja obrigada de uma forma ou de outra, como por exemplo uma campanha ridícula de algum desses dois times. Bom mesmo seria se o futebol fosse democratizado, e qualquer emissora pudesse transmitir qualquer jogo que lhe desse na telha. Quanto custa o campeonato? 45 milhões? Divide-se esse valor pela quantidade de emissoras interessadas e pronto. Depois cada uma que coloque o seu equipamento no campo e dê um jeito de transmitir.
Pelas razões óbvias não vou poder comentar os dois jogos do Mundial, pois nem os gols consegui ver. Mas sei que o Al-Ahly teve que correr muito prá derrotar o Auckland e que o Jeonbuk correu muito mas foi derrotado pelo América. Dois resultados previsíveis, mas que de qualquer forma eu gostaria de ter assistido.

8.12.06

futbol club barcelona


“Som més que um club”. Esse é o lema do Futbol Club Barcelona, o clube mais rico a participar deste campeonato. Fundado em 1899, o time espanhol tenta o seu primeiro título mundial. Uma das características mais marcantes do clube é a sua resistência em estampar marca de patrocinadores em sua camisa, traço da personalidade forte do povo catalão, povo que em 1922, na inauguração do 1º estádio do clube, o Lês Corts, vaiou a marcha real, num sinal de descontentamento com a monarquia. O campo foi interditado por 6 meses e o seu fundador e presidente, o suíço Hans Gamper, foi exilado.
A rivalidade com o Real Madri remete à Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939, período em que o clube viveu a sua pior crise, devido sua conotação republicana.
O clube, que havia virado símbolo da luta contra o franquismo, foi pressionado a deixar o Real vencer a disputa pela meia-final da Copa da Espanha de 1943. Após vencer o primeiro jogo por 3x0, deixou-se bater no segundo por 11x1.
Hoje o Barça manda seus jogos no Camp Nou, um moderno estádio com capacidade para 98.678 pessoas. Possui inacreditáveis 144.892 sócios.
Entre as estrelas que já passaram por lá, estão nomes como Diego Maradona e Johan Cruyff, além de Romário, Hristo Stoitchkov, Ronaldo e Rivaldo. Na década de 50 o húngaro Lásló Kubala era o principal jogador, e chegou até a ser considerado o melhor de todos os tempos.
O Barcelona é favoritíssimo ao título, apesar de algumas baixas, como Samuel Eto´o e o argentino Leonel Messi, que estão machucados. Em 1992 disputou o título com o São Paulo, e após abrir o placar com Stoitchkov, em um chute certeiro da intermediária sãopaulina, tomou a virada, com gols de Muller e Raí, e acabou levando a pior.

Principais Títulos:

- 18 Campeonatos Espanhóis
- 24 Copas da Espanha
- 07 Supercopas da Espanha
- 04 Copas Eva Duarte
- 02 Copas da Liga
- 02 Ligas dos Campeões da UEFA
- 04 Recopas Européias
- 04 Taças da UEFA
- 02 Supercopas Européias
- 01 Taça de Amsterdã
- 01 Pequena Taça do Mundo
- 03 Copas Latinas

De olho nele:

É difícil destacar um jogador só nesse time, mas o brasileiro Ronaldinho Gaúcho é mesmo a maior estrela. Este ano comandou o Barça na conquista do Espanhol e da Liga dos Campeões, e apesar de ter feito uma Copa do Mundo bem abaixo das expectativas, assim como toda a seleção brasileira, tem subido de produção e foi indicado como um dos 03 melhores do mundo em 2006, podendo levar o prêmio pela 3ª vez consecutiva.
O jogador, de 1,81 m e 80 kg, é o responsável pela armação das principais jogadas da equipe, além de chegar a frente para finalizar. É o maior acrobata do futebol na atualidade, e suas jogadas e gols espetaculares são a maior esperança da torcida catalã.



6.12.06

a chuva



"o vento vai dizer lento o que virá
e se chover demais a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois sorrir em paz.
(só de encontrar...)"

Prá uns a chuva traz desgraça, pra outros é sinal de fartura, traz a salvação. Tem gente que na chuva vê poesia. Tem criança que acredita que é Deus chorando. Minha mãe me dizia que era São Pedro lavando o quintal. A chuva pode ser e representar muitas coisas. No meu caso, mais especificamente, ela é basicamente água caindo do céu. E água molha. E estraga o esforço de quase uma semana pra curar a rouquidão de uma garganta cansada depois de um show. A chuva pode ser boa e pode ser ruim. Não só nos extremos ou para pessoas com vidas totalmente diferentes, mas pra mim. Ela me ajuda a enfrentar o trânsito que ela mesma causou, porque é bonito vê-la cair, e se tiver o 4 prá escutar enquanto isso, sou capaz até de agradecer por ela ter causado esse trânsito. Tomara que ela dure o cd inteiro.A chuva traz um pouco mais de dor pra música do Los Hermanos.
Na maioria das vezes em que chove assim forte e a cidade se vê castigada, eu me lembro da noite da minha colação de grau, em 92. Foi em Dezembro mesmo, e o São Paulo, que tinha acabado de ganhar o seu primeiro mundial, naquele dia venceu o Palmeiras e conquistou o Paulistão. O Palmeiras, ainda na fila, e já com a Parmalat. Lembro que saí de casa atrasado, e fomos ouvindo todos os comentários sobre a partida no carro. Naquele tempo minha mãe não ligava muito se o Palmeiras perdesse do São Paulo, assim como até hoje eu não consigo ter essa rivalidade toda com eles. Pra mim é até natural torcer pelos verdes, desde que não seja contra o meu time.
Sempre gostei bastante de futebol, e quando tinha nove anos cheguei mesmo a curtir o São Paulo de 86, com Careca, Muller e Pita. Mas aquele time de 92 me trouxe alguma coisa a mais. Se há e se pode definir o momento na minha vida em que decidi entre ser um torcedor de verdade ou apenas um desses caras que ficam sabendo do resultado do jogo pelo jornal, se realmente é possível de se definir uma coisas dessas, acho que foi nesse dia. Porque pra mim já não bastava ter ganho o Mundial em cima do Barcelona de Cruiff, ERA REALMENTE NECESSÁRIO QUE GANHASSEMOS AQUELA FINAL! E é isso que te transforma num torcedor, é essa gana. Sonho com o dia em que eu possa assistir a um jogo do São Paulo sem me preocupar com o placar, apenas pelo prazer de ver o time jogar. E eu sei que esse dia nunca irá chegar. Isso eu aprendi na mesma hora em que eu fiz a minha escolha.Aquele dia me serviu pra muitas coisas, foi na minha colação que descobri que os amigos que tinha feito seriam aqueles com quem passaria o resto da minha vida, seriam os meus amigos definitivos. Percebi também que nenhuma daquelas garotas iria se transformar na minha garota. O que eu queria não estava ali. Meu pai teve a sua primeira crise de diabetes naquela noite, e nem pôde ficar pra me ver dançar a valsa com a minha mãe. De várias maneiras diferentes, a chuva que caiu serviu pra levar tudo o que eu tinha sido e não seria mais. Serviu pra trazer coisas novas. No fim, ficou apenas o que realmente importava, não fazendo distinção se era bom ou ruim. A chuva é assim.

sport club internacional


O Inter foi fundado em 1909 por dois irmãos paulistas, que recém chegados a Porto Alegre e encontrando dificuldades para tornarem-se sócios de algum dos dois clubes da cidade, o Grêmio e o Fussball, resolveram fundar o seu próprio clube. Os irmãos então convocaram estudantes e comerciários para uma reunião na Avenida Redenção, e assim nasceu o Sport Club Internacional, em 04 de Abril de 1909.
Após 03 meses de fundação, os cartolas do Inter convidaram seu rival Grêmio, fundado seis anos antes, para uma partida, e então aconteceu o primeiro Gre-Nal da história, com vitória dos azuis por 10x0.
Ao longo de sua vida, o clube portoalegrense colecionou títulos e ídolos, como Batista, Falcão e o paraguaio Figueroa, do inesquecível esquadrão de 79, campeão brasileiro invicto. Atualmente, o Internacional manda suas partidas no Beira Rio, estádio com capacidade para 56.000 pessoas, e se qualificou para a disputa do título mundial ao derrotar o São Paulo na final da Libertadores 06. É considerado uma das forças da competição ao lado do Barcelona.

Principais Títulos:

- 24 Campeonatos da Cidade de Porto Alegre
- 37 Campeonatos Gaúchos
- 03 Campeonatos Brasileiros
- 01 Copa do Brasil
- 01 Libertadores da América
- 02 Torneios Viña del Mar (CHI)
- 01 Torneio Casablanca (MAR)
- 01 Troféu Juan Gamper (ESP)
- 01 Torneio Costa do Sol (ESP)
- 01 Torneio Costa do Pacífico (CAN)
- 01 Copa Kirin (JAP)
- 01 Troféu Cidade de Vigo (ESP)
- 01 Torneio Internacional de Glasgow (ESC)
- 01 Copa Wako Denki (JAP)
- 01 Torneio Mercosul

De olho nele:

Após a transferência de Rafael Sóbis para o futebol europeu, o atacante goiano Fernandão se transformou na principal esperança de gols do time. O jogador, de 28 anos e 1.90 m, tem como principal característica as bolas altas, mas também é habilidoso com a redonda nos pés, além de ser ótimo finalizador. Fez sua estréia como profissional em 97, jogando pelo Goiás. Em 2001 foi atuar na França, com passagens pelo Olympique de Marselha e Tolouse, chegando ao Inter em 2004.

5.12.06

voltando....


O Inter que se cuide! Ronaldinho voltou a jogar bem e comandou o Barça na vitória sobre o Werder Bremen. Fez o primeiro gol e começou a jogada do segundo, além de passes precisos e algumas jogadas de efeito.
O legal de ver o Ronaldinho jogar é que ele não vence todas as vezes, nem toda jogada que ele tenta dá certo, e muitas vezes ele pára na marcação. Mas ele nunca tenta uma jogada normal, é difícil vê-lo dar um toquinho de lado, ou apenas recuar a bola pro goleiro. Nas oportunidades em que ele consegue concretizar a jogada, ela é sempre bonita. Não tem lance certo do Ronaldinho que seja feio. O seu gol de falta no jogo contra o Bremen, por exemplo. Se a barreira não pula, a bola iria parar ali e pronto. Mas ele entevê a jogada, ele sabia que os jogadores iriam pular. E daí surge o golaço, a jogada mágica.
Muita gente aqui no Brasil o critica, dizendo que ele não joga bem na seleção. Quer saber? Foda-se! O cara mata a pau no Barcelona, e prá mim basta.
Para os colorados, vale lembrar que ele jogava pelo Grêmio...

club de futbol américa



O club de Futbol América, ou apenas América, como é mais conhecido, joga na Primeira Divisão do México e é um dos clubes mais populares do país. Os Águilas, como é chamado por sua fanática torcida, foi fundado em 1916 e manda seus jogos no lendário estádio Azteca, que tem capacidade para 114.600 torcedores e foi palco da final da Copa do Mundo de 70. Seu principal adversário é o Chivas Guadalajara, campeão da Libertadores em 2004, e o jogo entre os dois clubes é considerado o maior clássico mexicano.
O América é considerado a 3ª força neste campeonato, atrás do Barcelona e do Internacional, e se passar pelo Jeonbuk enfrentará o clube catalão na semi final.
O clube foi o primeiro a conquistar a vaga para o torneio, ao vencer o também mexicano Toluca por 2x1 e sagrar-se campeão da Copa da Concacaf 2006.

Títulos:

- 10 Campeonatos Mexicanos
- 05 Copas do México
- 05 Copas da Concacaf
- 02 Copas Interamericanas

De olho nele:

O time possui vários jogadores importantes, como o atacante paraguaio Nelson Cuevas, o meia argentino Matía Vuoso e o zagueiro Duílio Davino, além do técnico Luis Fernando Tena, campeão mexicano por diversos clubes. O seu principal goleador é o atacante Salvador Cabañas, contratado pelo clube em 2003. Mas a principal estrela é o goleiro Francisco Guillermo Ochoa, reserva da seleção na Copa do Mundo 06. O jogador, que namora com Dulce Maria, estrela pop do grupo Rebeldes, é constantemente capa não só de diários esportivos como também de revistas de fofoca.

Site: www.esmas.com/clubamerica

4.12.06

eleição dos melhores - parte 01

Uma radio italiana, através de seu programa Catersport, elegeu os piores jogadores de 2006. O troféu "Bidone d´oro", ou Perna de Pau de Ouro, contou com a votação de pouco mais de 10.000 ouvintes e consagrou o brasileiro Adriano, da Inter, o pior jogador da Velha Bota.
Dois jogadores do Milan aparecem logo atrás, Gilardino, como vice campeão, e o também brasileiro Ricardo Oliveira, que ficou com a terceira colocação.
Entre os 10 primeiros, dois jogadores que já não estão mais no futebol italiano: Amoroso e César, ambos no Corinthians.

eleição dos melhores - parte 02

Saiu a lista com os melhores do Brasileirão 06. A festa foi no Teatro Municipal do Rio, e os eleitores, entre eles críticos, jogadores e técnicos, elegeram Rogério Ceni não apenas como melhor goleiro, mas também como o melhor jogador do campeonato. Na votação popular, realizada na internet, o prêmio foi para o meio campo Renato, do Flamengo.
O São Paulo foi o clube com maior número de jogadores premiados, 04, seguido pelo Internacional, com 02.

A lista completa:

Rogério Ceni - São Paulo
Souza - São Paulo
Fabão - São Paulo
Fabiano Eller - Internacional
Marcelo - Fluminense
Mineiro - São Paulo
Lucas - Grêmio
Zé Roberto - Botafogo
Renato - Flamengo
Souza - Goiás
Fernadão - Internacional

Técnico: Muricy Ramalho
Árbitro: Leonardo gaciba ( Federação Gaúcha)

eleição dos melhores - parte 03

Ronaldinho Gaúcho, Canavarro ou Zidane?

Pois é, um desses três será escolhido o Melhor Jogador do Mundo no dia 15.
Enquanto neste ano Ronaldinho ganhou o prêmio pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais e a revista francesa France Football elegeu Canavarro o melhor, lhe dando sua Bola de Ouro, Zidane chega a disputa credenciado por sua obra. Já aposentado, o título soaria como homenagem.
Se o prêmio ficar com o Zidane ou Ronaldinho, estará em boas mãos, nada a contestar.
Mas o Canavarro não. Tudo bem, o cara é bom pra cacete, ganhou a Copa e tudo o mais, mas daí até ser o melhor jogador do mundo tem muito mingau pra rolar. Tenho certeza que se no lugar dele estivesse o Lugano ou até mesmo o Lúcio, a Itália teria sido campeã do mesmo jeito. O cara é bom, mas não é melhor que o Nesta, por exemplo, só pra ficar nos defensores italianos. Nada contra quem joga na defesa, mas tem que fazer a diferença. O Oliver Kanh, em 2002, fez a diferença. O goleiro alemão levou a sua seleção até a final. Ok, chegando lá falhou e entregou, mas sem ele a Alemanha não teria nem chegado.
O Ronaldinho, apesar de sua atuação na Copa, fez a diferença no Barcelona. Durante todo o 1º semestre jogou muito, e ganhou não só o Espanhol como também a Champions. Decidiu várias partidas e fez diversos golaços, além de jogadas espetaculares.
Sobre o Zidane não tem nem o que se falar. Não teve uma temporada brilhante, mas foi a principal peça da Copa. Anunciou a aposentadoria e fez com que todo o mundo acompanhasse os jogos da França com muito mais atenção. Por tudo o que fez pelo futebol, seria uma homenagem justíssima.
Como não sou eu quem escolho, vou ter que esperar até sair o resultado. Mas aposto no brasileiro, apesar de preferir o Zizou.

3.12.06

Chonbuk Hyundai Motors Football Club


Chonbuk Hyundai Motors Football Club. Este é na verdade o nome oficial do clube, que é mais conhecido como Jeonbuk.
O clube sul-coreano, fundado em 1994 com o nome de Chonbuk Dynos, tem a sua sede na cidade de Jeonju e é administrado pela gigante Hyundai. Seu estádio, o Jeonju World Cup Stadium, foi uma das sedes da copa de 2002, e tem capacidade para 42.477 espectadores.
Apesar de pouco tempo de vida, o clube já mudou de distintivo duas vezes, uma em 1997, quando também mudou de nome, passando a se chamar Chonbuk Hyundai Dynos, e outra em 2000, ano em que ganhou seu primeiro título, a Copa da Coréia do Sul. Em 1999 passou a ser administrado pela Hyundai.
O Jeonbuk conquistou a vaga pra competição ao bater o Al Karama, da Síria, na final da Liga dos Campeões da Ásia 2006, com um gol nos acréscimos do brasileiro Zé Carlo, para a alegria de suas principais torcidas, a Mad Green Boys e a Green Union.
Faz sua primeira partida contra o América do México, no dia 11.

Títulos:

- 03 Copas da Coréia do Sul
- 01 Supercopa da Coréia do Sul
- 01 Liga dos Campeões da Ásia

De olho nele:

Apesar de Zé Carlo ter garantido a participação do clube no Mundial, outro brasileiro é considerado a pecha chave do time. É o meio campista Botti. O mineiro de Juiz de Fora é o ponto de equilíbrio do time, armando as principais jogadas.

Site: http://www.hyundai-motorsfc.com/

acabou

A última rodada do Brasileirão 06 serviu prá garantir ao Paraná uma vaga na Libertadores, além de confirmar o São Paulo como o melhor time em todos os quesitos: melhor ataque, melhor defesa, maior número de vitórias e a 1ª colocação, já assegurada duas rodadas atrás.
O Grêmio perdeu o jogo e a chance de ultrapassar o Inter na disputa pelo 2º lugar, mas fez boa campanha e promete para o ano que vem.
Agora é hora dos clubes se programarem para a temporada 2007, e ver quem consegue mais reforços para tentar desbancar o campeão São Paulo.

1.12.06

quadrado mágico


Todos apostavam suas fichas em Ronaldinho, Ronaldo, Adriano e Kaká. Era o "Quadrado Mágico". Com eles ninguém podia. Todas as fichas se foram, e o hexa junto com elas. Detestei.
Quando ouvi o primeiro cd dos Los Hermanos, detestei também. Foi o Gil quem me mostrou. Se me lembro bem, foi na noite de sua tragédia maior. Perdeu a namorada, bateu o carro e ainda foi assaltado. Tudo em menos de 3 horas. Perdeu também uma ótima chance prá ter ficado em casa. Pobre Gil...
Então, voltando aos quatro barbudos, o primeiro cd não é mesmo muito bom, pelo menos ao meu gosto... o Gil continua adorando. Mas é melhor passar uma tarde inteira ouvindo-o do que assistir a um VT (sim, um VT, por quê não?) de qualquer jogo do Brasil na Copa. A maioria dos comentaristas diziam que essa seleção seria a melhor de todos os tempos, e blá blá blás gerais, meio que querendo prever o que iria acontecer. Queimaram a língua. E eu também. Não é que o Los Hermanos virou uma banda legal?! Bem legal, aliás. O Bloco do Eu Sozinho já é um puta disco, e o Ventura pode ser considerado um dos melhores dos últimos, sei lá, 16 anos!?
O que faltou na seleção é o que sobra na banda carioca, entrosamento. Ali ninguém quer aparecer, e acaba que todo mundo aparece. Se na seleção em vez de 4 estrelas tivessem dois muito bons e outros 2 que segurassem a barra, talvez aí desse certo. Faltou o Barba e o Medina ali no meio de campo. Alguém prá carregar o piano enquanto os outros mandassem prá rede.
O verdadeiro Quadrado Mágico ficou no Brasil, graças a Deus, e lançou disco novo, faz um tempo, é verdade, mas não me canso, ouço sempre. E vou ouvir hoje de novo. É, hoje tem show. Não vai ter bicicleta nem gol do meio de campo, mas vai ter Sentimental. Nada melhor do que ouvir O Último Romance, ali, bem de perto. Só eu sei. Tá bom, você também. Afinal, essa música fui em quem fiz prá você. Só não avisaram o Amarante, mas um dia ele vai saber.
"E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão
sabe que eu te encontrei...."

4 é o nome do último cd do Los Hermanos.

...na voz do zé silvério: "amarante toca prá medina, ele dá um giro e lança na ponta , barba pega de primeira e....no paaauuuuuuu...camelo no rebote....ihh, que golaço!!!!!

29.11.06

al-ahly





O clube da Cidade do Cairo, no Egito, considerado pela Confederação Africana de Futebol o clube africano do Século, foi fundado em 1907 e participa pela segunda vez do Mundial de Clubes da FIFA. Em 2005, perdeu logo na primeira rodada para o Al Ittihad e foi desclassificado. Na disputa pelo quinto lugar, nova derrota, dessa vez para o australiano Sidney FC, e o último lugar na competição. O clube africano, que é dirigido pelo português Manuel José, se classificou para a disputa ao vencer o CS Sfaxien, da Tunísia, com um gol nos acréscimos, na final da Liga dos Campeões da África.
Atualmente, o Al-Ahly lidera o ranking da CAF de clubes africanos de todos os tempos.

Títulos:
- 30 campeonatos egípcios
- 33 Copas do Egito
- 05 Ligas dos Campeões da África
- 01 Super Copa Africana
- 01 Copa Afro-Asiática
- 01 Liga dos Campeões Árabes
- 02 Super Copas Árabes
- 07 Copas do Sultão

De olho nele:

Apesar de ter em Mohamed Aboutrika a maior esperança de gols, a principal estrela do Al-Ahly fica mesmo é no banco. Manuel José, técnico com maior número de jogos na primeira divisão portuguesa, já passou pelo Sporting e pelo Benfica. Este ano, o treinador levantou o título da Copa dos Campeões da África pela terceira vez.


Site: http://www.ahlyegypt.com/

28.11.06

hai kai futebolísticos.

Aprendi com meu amigo Gil, no seu Limão Azedo, o que é um Hai Kai. Segundo ele, e eu não tive a menor paciência para pesquisar e ver se é verdade, é um tipo de poema japonês muito antigo, que não pode expressar opinião, mas sim sentimentos, fatos e outras coisas. Pode ter rima ou não. O Hai Kai tem uma construção engessada, ( 5 sílabas / 7 sílabas / 5 sílabas), e quando foge dessa regra é chamado de "poemínimo". Tudo isso aprendi com o Gil.
Ele escreveu uns bem legais, mas o Gil é todo poeta, e eu vou aqui, no Caneladas, apenas fazer alguns que tenham como tema o futebol. Vocês vão perceber que alguns terão rima, outros às vezes serão "poemínimos" (ele tem razão, esse nome é ótimo!!), mas dificilmente algum deles fará sentido.
Começo com um hai kai em homenagem ao Rogério Ceni.

" O pé na bola
A mão do bom arqueiro
Joga prá fora"

Se você quiser se arriscar e fazer um também, é só me mandar... Os melhores eu publico.

27.11.06

vexames e definições.


A torcida alviverde não poderia ter escolhido jogo melhor para o seu protesto. Colocou o nariz de palhaço e viu o seu time apoiar a atitude dentro das quatro linhas. Inter 4x1. Um chocolate, como disse o técnico Jair Picerni. Sorte do Palmeiras que a Ponte levou 2 do Goiás e conseguiu aquilo que tanto queria. É justo, a Ponte buscou isso o campeonato inteiro e no ano que vem vai disputar a Segundona. Parabéns Ponte Preta!!!
No Morumbi, com gols de Rogério Ceni e Fabão, dois ícones desse time vitorioso, o São Paulo venceu o fraco Cruzeiro e fez a festa com a taça da CBF. O placar poderia ter sido maior, mas a boa exibição do goleiro Fábio impediu a goleada. O São Paulo vai ao Sul com um time misto, já que vários jogadores entram em férias hoje. Sorte do Paraná, que ainda busca uma vaga na Libertadores 07. É a única coisa que ficou pra última rodada, já que os clubes brasileiros não dão muita importância prá Sulamericana. Ainda.

26.11.06

cara de palhaço, nariz de palhaço...


A torcida do Palmeiras, ou pelo menos parte dela, conhecida como a "Turma do Amendoim", promete uma manifestação pacífica hoje no jogo contra o Internacional. O plano era ir vestido de preto e com nariz de palhaço, mas como uma outra parte da torcida, mais especificamente a Mancha Verde, prometeu descer o cacete em quem fosse de preto, porque, segundo eles, "camisa preta é coisa de corintiano!", resolveram optar apenas pelo utensílio nasal.
Não sei se resolve alguma coisa, mas é melhor que sair batendo em jogadores ou fazer uma emboscada ao ônibus do clube no meio da estrada.
Sexta feira foi o dia da torcida do Bahia protestar. Se a coisa continuar como está, vai ter muito time por aí que deixará de ter torcedor para ter apenas manifestantes.

auckland city football club


O Auckland City FC, fundado em 2004, é um clube amador da Nova Zelândia. Tem o seu próprio estádio, coisa que até clube brasileiro não tem, na Kiwitea St, em Auckland. Foi campeão logo na sua primeira participação no campeonato neozelandês, na temporada 2004/05, e se classificou para a disputa do título continental. Que ganhou, em 2006. Tudo bem, foi beneficiado pela saída da Austrália da OFC, mas ganhou, e agora vai disputar o título de melhor do mundo junto com grandes potências. Vale lembrar que o Auckland será o único clube amador no campeonato. O que já é uma façanha.
O clube estréia na competição no dia 10, contra o egpício Al-Ahli.

Títulos:

- Campeonato Neozelandês 2004/05
- Copa dos Campeões da Oceania 2006.

De olho nele:
Grant Young, ou apenas Yungie.

O experiente atacante sulafricano de 35 anos, que tem 1.78 m e pesa 74 kg, é considerado um dos principais jogadores do time.
Já jogou em clubes profissionais, como o Hellenic, da África do Sul, e o Ghent, da Bélgica.
Carrega nas costas o número 10.
O Auckland não tem muitas pretensões neste campeonato, e se passar da primeira fase a festa já estará armada.

deus me livre...

A Lusa se safou, o Bugre não... Vai ter que pisar num inóspito terreno chamado Série C.

23.11.06

fifa club world cup 2006


O Mundial Interclubes irá acontecer entre os dias 10 e 17 de Dezembro, no Japão, nas cidades de Tóquio e Yokohama, mas o Caneladas inicia hoje uma série de posts sobre o torneio e os clubes participantes.
Serão seis times disputando o troféu:

O coreano Jeonbuk Motors, campeão da Liga dos Campeões da AFC;
O espanhol Barcelona, campeão da Liga dos Campeões da UEFA;
O América do México, campeão da Copa dos Campeões da CONCACAF;
O egpicio Al-Ahly, campeão da Liga dos Campeões da África;
O brasileiro Internacional, campeão da Copa Libertadores da América;
E o neozelandês Auckland City FC, campeão da Copa dos Campeões da Oceania.

Os jogos serão todos mata-mata, começando nas quartas de final.

dia 10. Auckland City x Al-Ahly (jogo 01)

dia 11. Jeonbuk x América (jogo 02)

As semi finais serão nos dias 13 e 14, com o vencedor do jogo 01 pegando o Internacional e o vencedor do jogo 02 enfrentando o poderoso Barcelona. Os derrotados nessa primeira fase se enfrentam no dia 15 pela disputa do 5º lugar.

Quem perder na semi, corre atrás da 3ª colocação no dia 17, horas antes da finalíssima, que será disputada no mesmo dia e no mesmo estádio, o Internacional Stadium Yokohama, em Yokohama, lógico.

Lembrando que quatro clubes brasileiros já tiveram a competência de levantar a taça. O Santos, o Flamengo, o Grêmio e o São Paulo, atual campeão. O Inter tenta um lugar nesse seleto grupo, e a não ser que o Spectromen apareça por lá pra mudar o rumo da história, deverá fazer a final contra o Barcelona. O jogo é difícil e o clube catalão é favorito, mas também não era em 92?

deu adeus.

O Atlético tomou de 4x1 no México e disse adeus à Sulamericana...
Bem feito!

22.11.06

até o fim

Quarta feira. Já deu prá curar a ressaca do título, e apesar do meu interesse ter diminuido um pouco, prometo acompanhar o Brasileirão até o fim. Portanto, agora é hora de pensar nas possibilidades que ainda restam neste fim de campeonato brasileiro.
Com o campeão já conhecido, falta ainda decidir se a última vaga prá Libertadores vai ficar com o Vasco ou Paraná. O time carioca tem 01 ponto de vantagem, mas 02 jogos complicados, contra o Santos no Rio e o Figueirense fora. O clube do Sul joga contra o São Caetano no ABC e faz sua última partida contra o campeão São Paulo no Paraná.
As vagas da Sulamericana ainda estão em aberto, com sete clubes disputando 04 vagas.
Lá no fim da tabela, já temos Santa Cruz, Fortaleza e São Caetano rebaixados, e a última "vaga" para a Série B fica entre Ponte e Fluminense. Mas o escrete campineiro deve mesmo sair do grupo de elite do futebol nacional. O Palmeiras precisa de apenas mais 01 ponto, e respira aliviado, apesar de sua torcida prometer comparecer ao Palestra com nariz de palhaço. Aliás, fortes rumores dizem que foi idéia da minha mãe, frequentadora assídua do site da "Turma do Amendoim". Que família.....

20.11.06

ufa!!...é campeão!

Chegamos. Era 20 prás duas, daria prá pegar um lugar legal, ver o jogo sossegado. Descemos do carro e depois de uns 30 metros a Sica manda essa: " Ai, esqueci minha santinha no carro!". Todos se entreolham "Quer voltar prá buscar?". Nessa hora o sol já queimava minha cabeça, a chuva que parecia que iria cair não tinha vindo, e eu com a camiseta preta, manga comprida, já morrendo de calor..."Não, deixa prá lá." Eu sabia que o meu sacrifício já seria suficiente. "O jogo é contra o Atlético, eles não querem mais nada com o Brasileiro", pensei eu. Pensei errado.
O jogo foi difícil, complicado, na verdade teria sido até chato....se fosse um jogo normal. Não era. E o São Paulo empatou, mas venceu. Começou bem, apesar dos passes errados do Júnior, que parecia estar com uma bigorna amarrada no pescoço. E prá minha surpresa, o time paranaense também atacava, criava chances. Mas daí veio o gol do Fabão. 1x0. "Beleza, acabou", pensei eu. Errado, de novo. O São Paulo simplesmente não jogava, e percebi que teria que torcer pro Inter não jogar também. Teria que torcer dobrado.
Imaginei que voltaríamos melhor pro segundo tempo, e a idéia do Murici estar soltando os cachorros no vestiário me dava uma certa satisfação. O que o Souza estava pensando, por quê ele não corria? E o Danilo, o Lenilson? Será que só o Mineiro e o Fabão correm nesta porcaria de time? Eles mereciam alguma espécie de tortura chinesa express no intervalo. 15 minutos de sofrimento, prá compensar os 45 que os 68.237 torcedores haviam acabado de passar!!! Mas se ele realmente falou alguma coisa, não funcionou. O jogo continuou morno, e lá pelos 30 sentenciei: "O São Paulo vai tomar um gol." A Sica me olhou assustada, e aos 34..."Caralho, não acredito!". Chutes na arquibancada de concreto, xingos, maldições contra os deuses da bola. Aos 39, santo Rogério Ceni nos livra de pagar todos os pecados. E eu só pensava na santinha lá no carro, com um sorrisinho de canto de boca: "Tá vendo, não quis me levar prá ver o jogo, nem o rádio ligado deixou aqui neste carro abafado. Agora sofre." O jogo acaba, nem vi direito quando foi que o juiz apitou. Estava no telefone com a minha mãe, colhendo informações sobre o jogo do Pinheirão. Faltavam oito minutos e o Paraná vencia.
Alguns jogadores do São Paulo comemorando, parte da torcida também. Acompanho o resultado e tempo de jogo do Inter pelo placar, e quando aparece Paraná 1x0 e 43 minutos, não consigo comemorar, e começo a lembrar da final da Champions de 99. O Bayer vencia até os 44 do segundo tempo, nada poderia tirar o título deles, afinal estavam jogando bem e tudo o mais. NADA PODERIA DAR ERRADO. Esse é pensamento que atrai a desgraça. O Manchester virou em dois minutos e levantou a taça. No Morumbi o placar anuncia: 45 + 3. "Mais três? O que esse juiz tá pensando, o que eu fiz prá merecer tamanha punição?"
A essa altura já haviam montado o palco prá comemoração, arrumaram até um troféu. Desafiaram todos os deuses do azar, estavam pondo em xeque todo o meu ritual. O que eu poderia fazer com uma simples camiseta preta e minha brava resistência ao calor contra toda aquela provocação e exaltação ao Diabo.
Não fiz nada, e o Inter também não. E veio, pelo placar, a notícia. Fim de jogo. São Paulo tetracampeão brasileiro. Não me lembro muito do que fiz, só sei que pulei, distribui urros prá todos os lados e fiquei exausto como nunca tinha ficado na minha vida.
São Paulo Campeão, finalmente o sofrimento acabou. Pelo menos até começar o Paulistão...

19.11.06

ritual...

Domingo de decisão! Sempre acordo ansioso nesses dias, fico mais ligado...caramba, não posso me atrasar. O ritual é acordar, comer quase nada, tomar banho, e querer sair de casa o mais cedo possível. O jogo é as 4, se eu sair meio dia de casa acho que dá. Não posso esquecer a máquina, o terço do batizado da Sofia e.... putz, tem alguma coisa que eu tô esquecendo. Já sei, minha camiseta preta, bem velha, de manga comprida. Sempre vou com ela por baixo da camisa do São Paulo. Ir sem ela é correr um sério risco de voltar prá casa de mau humor... Se bem que num domingo de Novembro, esse calor...melhor não correr riscos. - " Sica, cadê minha camiseta?" - é futebol, nunca se sabe.
Lembro do Paulista do ano passado, o time invicto, passando por cima de todo mundo. Era só ganhar da Portuguesa e dar a volta olímpica. O jogo foi no Pacaembú, meu irmão estava lá, eu não fui. Nem o São Paulo, Lusa 2x1...
Eu sei que essas coisas acontecem, que o futebol é isso e aquilo, e blá blá blá... todos os clichês são verdadeiros, mas desta vez não tem erro... Futebol é assim, às vezes faz chorar, mas é feito prá rir.

18.11.06

o que vale é o domingo.

A rodada deste sábado serviu pro Grêmio se garantir de vez na Libertadores, afundando ainda mais o já rebaixado Santa Cruz. Serviu também prá mostrar que o lampejo de bom futebol apresentado pelo Flamengo em algumas rodadas atrás foi....bem, foi só um lampejo.
Mas o resultado mais importante foi o empate no Pacaembú, que pode fazer com que o Fluminense entre na zona de rebaixamento faltando apenas dois jogos pro fim do campeonato.
Na verdade o que vale mesmo é a rodada de domingo, porque se o São Paulo for campeão, ninguém irá se lembrar que hoje teve jogo.

virou lenda.

Não vi Ferenc Puskas jogar.

Assim como não vi Garrincha, Zizinho e Carlos Alberto. Mas sei que foram bons. Todo o mundo sabe. São jogadores que entraram prá história do futebol.

Puskas morreu, mas vai ficar na memória daqueles que puderam vê-lo levar a seleção da Hungria ao vice campeonato no mundial de 54. Este blog deixa aqui a sua homenagem.

17.11.06

regressiva....

faltam 02 dias para o São Paulo ser campeão....

15.11.06

3x0...fê, sica e lígia!!


As três aí em cima, Fê, Sica e Ligia, de uma forma ou de outra, são pessoas importantes prá mim. A Fê, apesar de ter sido a últimas delas que eu conheci, participou de um momento de mudança, sempre com conselhos cruéis, porém úteis. E foi ela que me reaproximou da Lígia, no mesmo momento e com conselhos tão cruéis quanto. E as duas me trouxeram, e me fizeram conhecer melhor a Sica. E nos conhecemos tão bem que casamos. Na alma e aos olhos da Lei. Mas por quê falar delas num blog totalmente dedicado ao esporte?! Bom, você não as conhece. A Maria Fernanda, que assina o blog Compartilhar, esse mesmo que eu indico aí ao lado, é uma doente pelo São Paulo. Assisti a final da Libertadores-05 na sua casa, num dia de férias, engolindo azeitonas libanesas como se fossem tremoços, e quase tendo um ataque do coração quando o Horacio Elizondo, juiz argentino, assinalou penalty no fim do primeiro tempo, e gritando feito um louco quando o meia Fabrício acertou a trave do Ceni. A Fê é daquelas que chega contando vantagem quando o time ganha.
Assitimos também a final da Libertadores-06, só que desta vez aqui em casa, mas essa deixa prá lá... Aliás, a Lígia também estava aqui, assistindo com a gente, e acho que foi o olho gordo dessa palmeirense que fez o Lugano perder aquele gol logo no começo da partida. A Lígia vai aos jogos no Palestra com a minha mãe, mas acho que o sonho dela é ver uma partida do Arsenal lá em Highbury... Acho que um dia ela vai.
A Sica é a mais engraçada das três. Nunca tinha ido no Morumbi, e quando criança torcia prá Ponte Preta. Mas aí veio o Raí e ela virou sãopaulina... Cíumes? O que eu posso falar desse cara!! Ele ganhou o Brasileiro de 91, foi campeão paulista em 89, 91, 92, 98 e 2000, bi da Libertadores em 92/93, levantou a taça no mundial de 92, com um gol antológico, que deixou o Zubizarreta parado, e ainda foi campeão do Torneio Ramon de Carranza e do Tereza Herrera em 92. E além disso tudo fez a minha mulher virar sãopaulina!!!! Imagina só ter uma pessoa torcendo prá outro clube aqui em casa. Eu estaria escrevendo esta crônica da cela. Ciumes? Não, gratidão.
O primeiro jogo que eu e a Sica fomos juntos ao Morumbi, foi também a primeira vez que ela pisou no estádio. Foi na terceira rodada, contra o Santa Cruz, e o São Paulo ganhou por 4x0, com direito a gol de falta do Rogério e um público de um pouco mais de 9.500 pagantes. Saímos de lá com a promessa de que a levaria para ver um jogo da Libertadores. Ela queria ver o Morumbi lotado. Não como no show do U2. Ela queria ver a torcida. Fomos ver alguns jogos da Libertadores, e contra o Palmeiras minha mãe e a Lígia foram também, cada um na sua torcida. A nossa era maior, e nossa noite foi mais feliz. A Sica pegou um certo medo de jogos muito cheios, mas ela só percebe isso quando a gente já está lá no meio da arquibancada vermelha. Domingo estaremos lá, junto com outros 70.000, e lá pelos 20 min do segundo tempo ela vai virar prá mim e dizer que está com um pouco de medo. Eu vou pegar a sua mão, lhe abraçar, e daí ela fica calma. O São Paulo já vai estar ganhando por 3x0, e o título vai estar garantido. A Sica é assim, se apaixona pelas coisas. Tenho certeza que ela nunca vai esquecer a primeira vez que viu o seu time ser campeão, de dentro do estádio, lá no meio da arquibancada vermelha. Assim como eu não esqueço daquele dia que eu a vi, sentada na mureta do Unibanco, chorando sozinha, no meio de uma greve que mudou minha vida.

12.11.06

aponta prá fé e rema....

Esse é o único caminho que o Internacional tem se ainda quiser ser campeão... o problema é que além de remar, tem que torcer muito, mas muito mesmo pro barco do São Paulo furar. Com a vitória sobre o Goiás, o tricolor não só ficou muito perto da taça, como também mostrou um belo futebol, com objetividade e totalmente senhor da partida. Na próxima rodada o líder enfrenta o Atlético - pr em casa, diante de provavelmente 70.000 torcedores, enquanto o clube gaúcho sai para enfrentar o Paraná. Dois jogos com bastante rivalidade.
Fé é também o que precisa ter a Ponte, reanimada depois da boa vitória sobre o Flamengo em Campinas. O problema é que o Flu, que há 12 jogos não vencia, desta vez venceu. E o Palmeiras conseguiu um excelente e necessário resultado jogando no Palestra Itália, vencendo o Botafogo,( que viu na capital paulista o sonho da libertadores ruir, primeiro na derrota pro São Paulo no meio da semana, e hoje, contra o alviverde). Excelente porque o Bota é um bom time, e necessário porque os próximos jogos são duríssimos. Joga contra o Juventude fora de casa, depois recebe o provável vice campeão e fecha a participação no campeonato no Rio, contra o Fluminense. Portanto o Palmeiras jogará contra dois de seus adversários na luta prá fugir do rebaixamento fora de casa. Complicado.
A Ponte tem que rezar e trabalhar bastante, pois também não terá jogos fáceis: Fortaleza e Goiás fora, e Atlético - pr em casa. Já o Fluminense viaja para jogar contra o Corinthians e Fortaleza, prá talvez decidir contra o time do Palestra Itália na última rodada.
O Juventude, que parece ter entrado nesta ingrata disputa para permanecer na Série A nestas últimas rodadas, além da vantagem na tabela, tem dois jogos em casa na sequência, contra Palmeiras e Fortaleza, prá fechar contra o Corinthians. Vida mais fácil pro clube de Caxias do Sul.
Não coloco o São Caetano na briga, apesar de estar apenas dois pontos atrás da Ponte, pois não vejo saída para o time do ABC. Mas se você acha que ainda dá, vai lá os próximos jogos do azulão: Vasco e Paraná em casa e Flamengo fora. Difícil.
Casca grossa no fim da tabela, e como nenhum desses times é confiável, tudo pode acontecer...
clique no título e veja os melhores momentos de São Paulo x Goiás.

11.11.06

ahhhh...que sono!

A rodada começa hoje, na verdade já começou, e a esta altura o Vasco já ganha do Juventude por 1 x 0, enquanto no Sul o Inter só empata com o Fortaleza (pelo menos é o que diz o placar do Terra!), e eu só escrevo agora por uma razão simples e totalmente justificável: eu dormi. Sim. Dormi depois do almoço, que filei na minha mãe. Ótimos charutinhos de repolho. Saul Galvão aprovaria.
Pois é, hoje acordei 6:15 da manhã, e fui numa palestra sobre obesidade para ver o doutor me chamar de idiota e de gordo, com o que tive que concordar, assim como tive também vontade de enfiar dois pepinos e uma couve recém colhida pela sua narina. Entre um insulto ali e uma doença causada pela gordura acolá, ele me proibiu de subir na balança. Não, caro leitor, eu não estou tão gordo a ponto de quebrá-la, é que a ansiedade de se pesar gera adrenalina, que segundo o médico contribui para que o indivíduo engorde. Lógico que ele explicou tudo muito bem, tudo baseado na medicina, mas eu tinha acordado 6:15 da manhã, e nem a pau vou lembrar de toda a palestra. Mas fiquei pensando: caso o São Paulo vença o Goiás amanhã, no Serra Dourada, e tenha reais chances de se tornar campeão no dia 19 contra o Atlético - pr no Morumbi, bastando apenas uma vitória para isso, eu já não teria motivo o suficiente prá passar a semana toda ansioso, com a adrenalina lá no alto? E meu irmão ( que é um fanático, e que qualquer dia vai merecer um comentário aqui no Caneladas) já está com os nossos ingressos na mão!
Bom, pelo jeito minha vida, ou pelo menos o meu peso, depende mais do rumo que este final de Campeonato Brasileiro vai tomar do que eu pudesse imaginar...
P.s.: o Inter já fez 2x0...

7.11.06

vocês precisam acreditar em mim!!!

Vamos lá, mais uma vez.. resultados da rodada de acordo com o Caneladas, só que desta vez sem o placar.

quarta-feira:

Juventude x Grêmio: empate
São Caetano e Figueirense: empate
Vasco x Paraná: vasco
Palmeiras x Fortaleza: palmeiras
Internacional x Santos: empate
Atlético-pr x Corinthians: atlético
Goiás x Flamengo: goiás

quinta-feira:

Fluminense x Ponte Preta: empate
São Paulo x Botafogo: são paulo
Santa Cruz x Cruzeiro: empate

Se este blog acertar as suas previsões, o campeonato termina a rodada com o São Paulo na liderança, com 7 pontos de vantagem sobre o Inter, e a Ponte na zona de rebaixamento, ainda 2 pontos atrás do Fluminense, mas 5 atrás do Palmeiras.
É ver prá crer...

a bola na tela...


Cinema e futebol são duas coisas que eu gosto muito, mas nunca pratico. Filmes sobre futebol então, nem me lembro o último que assiti até o fim. Antes de 15 minutos de Pelé Eterno e meu ronco já podia ser ouvido a quarteirões de distância... Acho que um dos únicos foi "Todos os Corações do Mundo", que é o filme oficial sobre a Copa 94. Andei dando uma pesquisada e encontrei alguns que parecem que são interessantes. Se você já assistiu algum destes, ou se assistir, depois você me conta...se você não dormir no meio, lógico!!!

Gol!
(Goal!) Direção: Danny Cannon Com: Kuno Becker, Sven-Göran Eriksson, David Bechkam, Wayne Rooney, Zinedine Zidane. Estados Unidos/ Inglaterra – 2005 – 118 minutos – 35mm – Aventura
Como milhões de crianças ao redor do planeta, Santiago alimenta o sonho de se tornar um jogador de futebol profissional , para desgosto de seu pai, que não acredita em um futuro feliz para o filho no futebol. Vivendo no bairro latino em Los Angeles , Santiado não costuma alimentar muito seu sonho até que consegue um teste para entrar no time de futebol inglês Newcastle United. Superprodução de 100 milhões de dólares, Gol! foi planejado como primeira parte de uma trilogia que seguirá toda a carreira de Santiago.

Ginga – A alma do futebol brasileiro
Direção: Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alves. Com: Fernando Meirelles e Hank Levine/ O2 Filmes e NikeBrasil – 2006 – 81 minutos – 35mm – Documentário
O grande segredo do domínio brasileiro no futebol é a ginga de seus jogadores. Uma habilidade de corpo que os torna capazes de driblar, passar a bola e marcar o gol como se o adversário não existisse. Mas ginga não se aprende. É algo mítico, inerente ao Brasil. Ginga é um jeito de não se levar nada muito a sério, usar bem os pés, o calcanhar e as coxas durante o jogo e fora dele. Vários brasileiros, de diferentes níveis sociais e de várias partes do país, relatam, no documentário, a sua paixão e habilidade no futebol e a importância do gingado em suas vidas.

O Milagre de Berna
(Das Wunder von Berner/ The Miracle of Bern ) Direção: Sonke Wortmann Alemanha – 2003 – 114 minutos – 35mm – Drama
Na Alemanha, verão de 1954, um garoto de 11 anos que adora futebol tenta acompanhar cada momento dos últimos jogos que decidirão a final da Copa do Mundo. Mas a relação com seu pai não está fácil, pois ele acaba de retornar da Rússia, onde ficou por 11 anos como prisioneiro de guerra, trazendo consigo sérios problemas emocionais e dificultando a convivência com todos da família. O menino não desiste e vai tentar superar todas as barreiras existentes em seu caminho para alcançar o seu ideal de ver o time de sua nação jogar a final da Copa do Mundo – a histórica final da Copa da Suíça de 1954, em que a seleção da Alemanha milagrosamente superou a favorita Hungria.

Também há "She's the Man", sobre uma adolescente que se faz passar por menino para poder jogar no time de futebol do colégio, e "Now and Forever", sobre um acidente aéreo de 1949 no qual morreu todo um time de futebol italiano.
"The Great Match" narra a luta de três torcedores para assistir à final da Copa de 2002 em locais isolados, e "The Game of their Lives" conta como a seleção americana derrotou a inglesa por 1x0 na Copa de 1950.

Ainda tem outros, que vou indicando, mesmo sem ter assistido, em outros posts......

5.11.06

15 pontos em jogo..

E o tricolor, graças ao Mineiro, que é gaucho, e que hoje ajudou o São Paulo a vencer o Santos, tem 5 de vantagem, o que significa uns 2 jogos de lambuja, e como ainda tem 3 em casa, a chance de levantar o caneco é grande. Já o Palmeiras perdeu mais uma, e se não tivesse sido beneficiado pelas derrotas de Ponte Preta e Fluminense, estaria em uma situação delicada. Segundo os matemáticos de plantão, o alviverde tem 51% de chances de jogar a Segundona no ano que vem, mas acredito que esse privilégio está guardado para o time de Campinas.
No meu exercício de adivinhação consegui acertar 3 vencedores e nenhum resultado exato, uma boa média, em se tratando de crônica esportiva.
Na próxima rodada o São Paulo joga contra o Botafogo no Morumbi, enquanto o Inter recebe o Santos, que precisa da vitória para não se afastar da zona da Libertadores. Dois jogos que prometem. O Inter não está morto, mas o clube paulista mostrou que o jogo de quarta foi mero descuido.

4.11.06

eu sou astrólogo!!!







previsões para a rodada:

sábado:

figueirense x juventude: 2x1
flamengo x atlético-pr: 2x2

domingo:

cruzeiro x vasco: 0x1
santos x são paulo: 1x2
fortaleza x goiás: 1x3
grêmio x internacional: 1x0
ponte x são caetano: 0x0
botafogo x fluminense: 2x2
paraná x palmeiras: 2x3
corinthians x santa cruz: 1x1

puro exercício de adivinhação.

3.11.06

e o líder tropeçou...

Não foi assim um arranca toco, mas tropeçou. A vantagem caiu prá 5 pontos, nada desesperador para o São Paulo, mas uma derrota na Vila e uma vitória do colorado no Gre-Nal e as coisas mudam.
Não posso comentar os penaltys pois não vi nenhum dos dois, nem o do Morumbi nem o do Maracanã, mas vou ficar com os árbitros, porque pior que marcar uma falta inexistente é deixar de marcar uma que aconteceu, ainda mais quando o resultado da falta é a bola na cal.
Apesar do empate, me parece que o tricolor paulista procurou mais o gol da Ponte do que o Inter o do Bota, que aliás reclamou bastante no fim do jogo.
Para encerrar, não poderia deixar de comentar o grande público do Morumbi, depois de um dia de chuva e, de novo, de trânsito complicado em São Paulo.
Quem foi que disse que pontos corridos não dá público!?

2.11.06

palmeiras, minha mãe e saudades....

Ano que vem a minha querida mãe dobra a minha idade, eu terei 30... e a primeira coisa que aprendi sobre ela é que ela é palmeirense.
Minha mãe sempre torceu, mas sempre de casa, até meu pai falecer, em 2005... Um pai fanático pelo São Paulo. Viu o tri do andar lá de cima, provavelmente ao lado de Canhoteiro e do Mestre Telê.
Quando liguei prá minha mãe hoje de manhã, prá saber do jogo de ontem, ela nem sabia que o Vilar tinha caído, disse que não vai mais ao estádio, que não aguenta passar mais nervoso. Duvido!
Ela não perde um jogo no Palestra, o Palmeiras sim..
O Palmeiras perdeu o jogo, e também o técnico. Com a chegada de Jair Picerni, o clube tenta consertar a besteira feita ao despedir o técnico Tite. Não que Tite seja um excelente treinador, mas é melhor que o Marcelo Vilar, que não é ruim, mas não é para o Palmeiras, pelo menos hoje. Se Picerni realmente for confirmado, pode ser uma luz pro alviverde, não contra o rebaixamento, porque prá mim a Ponte já está lá, mas para um 2007 se não vitorioso, pelo menos competitivo.
Acho que o Palmeiras deveria focar o Paulistão 2007, um campeonato em que os clubes ainda estão de ressaca, e que alivia a pressão por resultados durante o resto do ano.
Acho que minha mãe concorda comigo, mas hoje nem ouso perguntar. E meu pai, esse deve estar se preparando prá ver mais um jogo do São Paulo com o Morumbi lotado. Ainda mais que agora ele não paga.
Um bom feriado de Finados a todos.
Saudades...

sobre a rodada...

A rodada do meio de semana se constrói favorável ao líder São Paulo, que caminha sem maiores obstáculos para o seu quarto título brasileiro. Com as derrotas de Santos e Grêmio, e um jogo duríssimo para o Colorado contra o Botafogo no Rio, o Tricolor tem tudo prá ampliar ainda mais a sua vantagem na ponta do Brasileirão. Basta vencer hoje contra a Ponte, missão, cá entre nós, das não mais complicadas. Mas já vi o São Paulo perder pontos bobos, como no jogo contra o já rebaixado Fortaleza (alguém duvida), no Morumbi, inclusive com Rogério Ceni perdendo penalty nos acréscimos. Mas acho que o Murici não deixa os três pontos escaparem hoje. Tricolor 3 x 0.