27.12.06

uma invenção maluca dos irlandeses

Em julho fui assistir ao jogo do São Paulo contra o Estudiantes pela Libertadores plenamente convencido de que mataríamos a partida logo e não haveria muito sofrimento. O jogo de ida tinha sido lá, antes da Copa, e havíamos perdido por 1x0 com um gol no fim do segundo tempo, quase aos 45. Foi um mês inteiro esperando a volta e a chance da revanche. Nunca na minha vida eu sofri tanto com um jogo. O São Paulo demorou pra marcar, mas acabou devolvendo o resultado da Argentina, o que levou a disputa pra decisão por penaltys. Não desejo isso pra ninguém. Todos os jogadores marcaram, até a hora em que o Danilo foi cobrar. Desespero. O meia cobrou mal e perdeu. Mas aí o Rogério brilhou, defendeu a cobrança de Alayes e viu Camusca chutar pra fora. Estávamos classificados para a semi, na minha primeira e até hoje única decisão por penaltys num estádio. Mas poderia não ter sido assim.

Imagine a cena:

Inglaterra, 1891.

Jogo válido pela Copa da Inglaterra entre Notts County e Stoke City.
O Notts vencia por 1x0, quando numa jogada dentro da área o zagueiro Henry coloca a mão na bola e evita o gol de empate. O juiz aponta. È falta. Isso mesmo, falta. O Penalty não havia sido inventado, ainda. O goleiro do Notts se posta na frente da bola e defende.
Esse jogo foi o ponto chave pra mudança na regra. A idéia, acreditem, foi de um goleiro, o irlandês William McCrum, e a regra foi oficializada em 02 de Junho de 1891, em Glasgow, numa reunião da Internacional Board.
No início houve resistência, sobretudo por parte dos ingleses, com o argumento de que o jogo era disputado apenas por cavalheiros, e portanto não precisava de regras para punir jogadores desleais. Os jornais da época diziam se tratar de “uma invenção maluca dos irlandeses” e classificaram a regra como a “pena de morte para os goleiros”. Em algumas cobranças de penalty era normal os goleiros ficarem encostados na trave, sem fazer nenhum esforço para defender a cobrança. Acontece que os atacantes também protestavam e acabavam chutando a bola por cima do gol.
O penalty talvez seja o maior ponto de discussão que existe no futebol. Foi? Não foi? O goleiro se adiantou? A “paradinha” vale? Se não fosse pelo irlandês maluco, talvez o Baggio não tivesse um dia tão ruim na vida dele como teve naquele verão de 94, e o milésimo gol do Pelé talvez não fosse tão cheio de folclore como é até hoje. E o melhor de tudo é que o mundo inteiro parou para assistir.Afinal, quem não pára pra ver uma cobrança de penalty?

23.12.06

querido papai noel



Neste ano fui um rapaz bacana, não briguei no estádio e tampouco desejei mal para a família de qualquer jogador de outro time. Meus xingamentos foram controlados, nenhum deles provocou espanto ou causou mal estar entre os presentes. Aceitei as derrotas e reconheci o esforço dos jogadores, mesmo quando eles pareciam andar em campo.
Como o senhor pode ver, me comportei de forma exemplar, e nos meus pedidos serei bem simples e comedido. Nada de extravagâncias.
Prá começar, uma goleada na final do Paulista e a queda do Leão, só prá manter a tradição. O senhor sabe como isso é importante. Se não for pedir muito, uma Copa São Paulo poderia servir de aperitivo.
Bom, passado o regional, vem a conquista da América, com o tetra da Libertadores, mas que dessa vez seja contra algum clube argentino, de preferência o Boca. Daí até o Brasileirão é um pulo, e ganhar o campeonato nacional antes de golear o Chelsea na final do Mundial vai dar uma emoção a mais no fim do ano.
Ah, se o senhor quiser me dar a Sulamericana, eu também vou aceitar... e eu sei que você também ficaria bem feliz, afinal sua roupa te denuncia.
Então é isso, Senhor Noel.
Mas se o senhor quiser me surpreender mesmo, poderia convencer o Zidane a voltar a jogar e vim encerrar a carreira aqui no tricolor!!

19.12.06

febre de bola

Ao completar onze anos, Nick Hornby foi levado pela primeira vez, pelo pai, a um jogo de futebol. A paixão pelo time do Arsenal, imediata e avassaladora, logo se transformou em obsessão, e Hornby se transformou naquilo que nós, brasileiros, chamamos de "um torcedor doente".
Escrito sob a forma de diário, de 1968 até os dias atuais, Febre de bola, seu livro de estréia, é uma empolgante e espirituosa crônica de devoção de Hornby pelo Arsenal Football Club - uma autobiografia penetrante, agridoce e muito engraçada, na qual a vida do autor é medida não em anos mas em campeonatos. Para Hornby os altos e baixos da sorte do time batem em compasso perfeito com os sucessos e fracassos de sua própria vida. O divórcio de seus pais, a chegada de uma madrasta exótica, o fim de um caso amoroso - tudo corresponde a certos eventos no estádio de Highbury.
Febre de bola é um sofisticado estudo sobre a obsessão, a família, a masculinidade, as diferenças de classe, a identidade, a passagem para a vida adulta, a lealdade, a depressão e a alegria. Revelando-se um verdadeiro craque, Nick Hornby desenrola sua prosa terna, que faz rir e emociona e explica, tanto para o amante de futebol quanto para o leigo, o que realmente significa ser um torcedor.
Esse texto aí em cima não fui eu que escrevi, é a "orelha" do livro, mas como eu não conseguiria escrever coisa melhor, e que definisse o livro de uma forma mais clara, resolvi transcrever aqui no blog. Na verdade ainda não acabei de ler, mas o que li gostei. Já o filme baseado nele.... não vi e não gostei. Parece que o roteiro foi adaptado pelo próprio Nick Hornby, mas como é um filme americano, em vez de futebol, o herói é apaixonado por beisebol. Os papéis principais são de Jimmy Fallon e Drew Barrymore, e o longa, aqui no Brasil, chama-se Amor em jogo. O filme foi dirigido e produzido pelos irmãos Farrelly, os mesmos de Quem vai ficar com Mary?. Teve gente que viu e gostou, como a crítica Angélica Brito, e se voce quiser saber a opinião dela, é só clicar: http://br.cinema.yahoo.com/filme/12247/critica/9078/amoremjogo. Mas se você é mesmo apaixonado por futebol, encha-se de preconceitos, assim como eu, e leia o livro...

18.12.06

melhores de 2006


O italiano Canavarro e a brasileira Marta foram considerados os melhores jogadores da temporada.
Não vi nenhum jogo da Marta, então não posso opinar, e sobre o Canavarro já dei minha opinião.
É uma pena o Zidane não ter ganho este prêmio.
Ele foi o melhor que eu vi jogar.

seleção tem novo camisa 10

Rogério Ceni, em jogo beneficente em Sinop.

17.12.06

o inter conquista o mundo


O Internacional conseguiu o que parecia impossível e bateu o brilhante time do Barcelona, conquistando pela primeira vez o Mundial Interclubes. Repete o feito de outras 4 equipes brasileiras, Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo, que conquistou o tricampeonato na edição do ano passado, e que ganhou o seu primeiro título em cima desse mesmo Barcelona.
O jogo foi truncado, com o Barça tentando explorar a sua melhor técnica e o Inter se defendendo e saindo para o contra ataque. O time catalão levava um pouco mais de perigo, mas não conseguiu repetir a boa atuação do primeiro jogo, e errava muitos passes. Os contra ataques do clube brasileiro não surtiam efeito, e a primeiro tempo acabou com pouquissímas chances reais de gol, mas com o Barça chegando mais perto.
No segundo tempo o Inter melhorou, criou algum perigo, mas as principais jogadas ainda eram do Barcelona. Mas ao 36 Iarley fez boa jogada e tocou para Adriano, que fez o gol do título. Na minha opinião, no começo da jogada, Iarley fez falta em Puyol, mas o juiz não marcou. O Barça partiu prá cima, e na melhor oportunidade que teve, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta rente à trave. O jogo foi até os 47, quando finalmente o torcedor gaúcho pôde comemorar.
A decepção do campeonato foi o jovem atacante colorado Alexandre Pato, que pouco fez a parece ter sentido a pressão. Vem aí um novo Dodô.
Na decisão pelo terceiro lugar, o Al-Ahly derrotou o América do México por 2x1, conseguindo se redimir da fraca campanha do ano passado, quando ficou com a última colocação.

Parabéns ao Internacional, campeão mundial interclubes 206.

alguém, por favor, mate o galvão

Galvão nasceu na época e no país errado. Para o bem da história e da humanidade, deveria ser contemporâneo de Adolf Hittler e sua Alemanha nazista. Sim, porque nem Hittler aguentaria a xenofobia do locutor e acabaria desistindo da idéia do ariano superior.
O locutor rejeita qualquer jogador que seja estrangeiro e que não jogue em clubes nacionais, e passou o jogo inteiro pedindo respeito ao clube brasileiro, respeito esse que o Barça demonstrou a competição inteira, mas que os olhos cegos desse incompetente e, como meu irmão já havia dito, máu caráter, não foi capaz de enxergar. Galvão Bueno é má pessoa,e faltou a ele o respeito que tanto pediu. Sempre fez lobby para Ronaldo, enaltecendo jogadas normais e enxergando ali um jogador que nunca existiu, nem mesmo nos seus melhores momentos, como a Copa de 2002, a agora vive a perseguir Ronaldinho Gaúcho, que é muito melhor.
Mas em uma coisa o Galvão tem razão, o Deco não foi mesmo o melhor do torneio, prêmio que deveria ter sido dado ao melhor jogador do mundo nas últimas duas temporadas, e que provavelmente será coroado amanhã novamente. Deco, na minha opinião, foi o segundo melhor, seguido pelo francês Giully. É engraçado, quando o Deco joga bem e o seu time ganha, ele é o brasileiro naturalizado, já quando perde ele vira português. Coisa típica de quem emite opiniões com a intenção clara de distorcer e influenciar.

15.12.06

ressaca

Gosto desse período de ressaca que assola o futebol. Fora pra torcida do Inter, que sonha com a conquista do mundo, quem mais está ligando? Eu, é claro.
Acompanhar especulações de compras, viver a novela da saída ou não de determinado jogador e possíveis trocas de técnicos dão uma boa medida do que se pode esperar do seu clube pro ano que virá.
Será que o Nilmar vem? E o Dagoberto? O Caio Jr vai dar jeito no Palmeiras? E o Romário, volta pro Vasco pra tentar o milésimo gol? Tá vendo, por aí já dá pra se ter uma idéia. Enquanto alguns clubes perdem o sono por causa do Nilmar, e outros tentam trazer jovens jogadores e até mesmo técnicos promissores, numa tentativa de reforçar o elenco ou de tentar colocar ordem na casa, outros se preocupam apenas em agradar a uma parte da torcida, especulando sobre a volta de um antigo ídolo, que tudo o que quer na vida é alcançar o tal do milésimo gol e depois ir tomar a sua cervejinha.
A sensação que eu tenho nessas horas em que os jogadores param e aparecem os “empresários”, é a mesma de quando fico sabendo que alguma banda que eu gosto muito está pra lançar cd novo. Esses dias vi num site que o Radiohead está gravando, e que até já testou algumas músicas novas em shows. E lá vou eu no youtube, encontrar o show e tentar decifrar alguma coisa da música no meio de um milhão de gritos e aplausos. Não dá pra saber como a música é ou será, mas dá pra ter uma idéia. Uma contratação de um jogador desconhecido é isso, você pode pesquisar e até achar alguma coisa sobre ele, como um gol num clássico da segunda divisão do campeonato eslovaco, ou um precioso escanteio cobrado na cabeça do atacante, que faz o gol e comemora a vitória que livrou seu time do rebaixamento. São idéias, vultos do que ele realmente pode ou não fazer, de quem ele é e como joga. Mas isso nunca te dirá se ele vai funcionar no seu time ou não.
Não sei definir esse sentimento que me toma nessas épocas, mas não é só curiosidade, é muito mais que isso. É uma espécie de expectativa que vai te matando aos poucos. Os dias passam e você vai querendo saber mais, vem uma angustia, às vezes até uma espécie de tontura, que é até gostoso, prende a sua atenção, mas que eu duvido que seja saudável.
Uma contratação e algum indício do que pensam os idiotas que dirigem o seu time.Toda a sorte do ano passa a depender disso. É a felicidade e a chance do bom convívio social, sem maus humores e caras fechadas no domingo à noite, tudo isso nas mãos de quem compra e vende os seus jogadores. Não adianta fazer promessas nem pular as sete ondinhas. Simplesmente não depende de você.
Mas a gente não desiste, vai atrás, e só quando conseguir ouvir a música inteira esse sentimento se dissipa.

5º lugar

Acabou agora a partida que definiu os últimos lugares no Mundial. O Jeonbuk venceu por 3x0 e ficou com o 5º lugar, enquanto o Auckland amargou a lanterna. Não assisti ao jogo, apenas acompanhei pela internet, e me parece que o time coreano foi mesmo bem superior. O que serve como mais um indício de que a chave do Barça era realmente mais forte do que a do Inter.
Vale lembrar que a disputa pelo 3º lugar acontece no domingo, 5:20 h da manhã, como preliminar da finalíssima, no mesmo dia só que 8:20 h.

Dê seu palpite:

Al-Ahly x América ( 3º lugar)

Internacional x Barcelona ( Final )

14.12.06

prá botar medo



Bastante, aliás..
Será que alguém já trocou a fralda do Pato? Porque depois do jogo de hoje...
Consegui assistir a partida graças a minha mãe, que aceitou me receber em sua casa antes das 8:30 duma quarta feira. Mãe é mãe.
Bom, prá variar me atrasei, e quando cheguei lá já estava 1x0. Um golaço.
Daí prá frente foi assim, o Barcelona atacando, sem muito esforço, mas sempre com perigo, e o América, bem, o América fez o que pôde. Quase nada.
Deco e Ronaldinho comandavam o time catalão, mas o jogo não era só deles. Todo mundo jogou bem, inclusive o Valdez, que nas raras vezes em que foi exigido fez boas defesas.
Com o gol do Rafa Marques, a equipe mexicana jogou a toalha.
Não me atrevo a falar que o Barça já é campeão, mas vai ser muito difícil pro Inter conseguir ganhar esse título.
O Barcelona fez o seu papel, entrou na competição do jeito que todo mundo esperava. Deu show. Pode-se dizer que o adversário não era dos mais difíceis, mas quando divulgaram a tabela, muita gente comemorou, afinal, quem teria que enfrentar os mexicanos eram os espanhóis. Ao Inter bastava vencer o fraco adversário que sairia das quartas e esperar a final.
Ouvi muita gente falando que ano passado a história foi parecida, que o São Paulo teve que suar prá passar pela semi e o Liverpool deu show, vencendo o Saprissa por 3x0, e que na final o clube paulista se encontrou e acabou ganhando o campeonato.
Tudo bem, jogo é jogo e ninguém ganha de véspera, mas não dá prá comparar as duas situações. Primeiro porque aquele São Paulo era mais time que este Internacional, com jogadores mais rodados e que não sentiram tanto a pressão. E também porque o Liverpool não tinha o Ronaldinho.
Não acredito em jogo fácil não, acho que vai ser uma boa partida, e pode até ser que o Inter vença e se torne campeão mundial pela primeira vez. Mas que o Barcelona é muito mais time, disso ninguém pode discordar.

sulamericana

O Pachuca, do México, é o campeão da Copa Sulamericana.
Agora são quatro os clubes que já venceram a competição. San Lorenzo em 2002, Ciencieano em 2003, e o bi-campeão Boca Juniors em 2004/05, além do time mexicano.
Talvez, daqui a uns 10 anos, quando os argentinos já tiverem uns 06 títulos, os clubes brasileiros irão deixar a arrogância de lado e vão dar mais valor para a competição.
É sempre assim, os clubes brigam prá conseguir uma vaga, e quando os jogos começam escalam times reservas. Claro que algumas vezes falta mesmo é competência, caso de Corinthians e Atlético Paranaense, mas muitas vezes falta mesmo é vontade.

13.12.06

perdeu três

Ricardo Lavolpe não é mais técnico do Boca.
Quando assumiu, disse que "técnico que perde dois jogos consecutivos com time grande tem que sair."
Bom, perdeu três, quando precisava empatar apenas um. Belgrano, Lanús e Estudiantes, estes foram seus carrascos.
Vale lembrar que o Boca chegou a ter 9 pontos de vantagem.
Façanha como essa eu nunca vi.
Aliás, só acredito porque foi com time argentino.
Viva o Estudiantes, campeão do Torneio Apertura.

a zebra rondou

O Inter jogou mal, pouco fez e teve que contar com muita sorte prá vencer a equipe egípcia em sua estréia no Mundial. Vai ter que melhorar muito se quiser levantar o caneco no domingo de manhã.
Em um primeiro tempo em que o ufanismo desenfreado do Galvão foi o principal destaque, o Inter fez 1x0 e saiu no lucro. O gol saiu num lance de sorte, com uma bola dividida sobrando pro Alexandre Pato, que parece ser bom jogador, apesar de ter pouca noção de colocação quando o assunto é impedimento. Fez uma partida correta, nada além disso. A não ser pro citado narrador, que já vê no moleque uma realidade.
O Al-Ahly até que pressionou, chutou uma bola na trave e nos últimos minutos controlou a partida. Poderia até ter empatado o jogo.
Na volta pro segundo tempo, o campeão africano passou a pressionar mais e ainda viu o seu rival perder dois jogadores com menos de 20 minutos. Não demorou muito e o empate veio, com o angolano Flavio, numa falha de marcação da defesa colorada. Aqui o ápice da xenofobia, com o Galvão sendo incapaz até de narrar o gol adversário. O Inter se perdeu. E só não perdeu o jogo porque de novo contou com a sorte. Achou o gol da vitória num escanteio, num momento em que o Al-Ahly mandava na partida. Daí até o final poucos sustos e a vaga garantida.
Ano passado o São Paulo também sofreu na semi final, mas conseguiu uma vitória bem mais convincente do que a dos gaúchos. É bom que o Inter torça bastante prá zebra que rondou o jogo de hoje possa aparecer de vez amanhã, porque o Barcelona está levando a competição a sério, sem o habitual menosprezo das equipes européias quando vem jogar o Mundial.
Qualquer que seja o adversário de domingo, ele vai entrar como favorito contra o time brasileiro.
Se for o América, favorito por ter desbancado o Barcelona.
Se for o clube catalão, bom...é favorito por ser quem é.

12.12.06

o general e o futebol


O Estádio Nacional, em Santiago, é o principal estádio do Chile, e durante a ditadura Pinochet virou uma espécie de campo de concentração.
Clayton Netz, jornalista, viveu exilado no Chile entre 1971 e 1973, e ficou preso lá.
Transcrevo abaixo o seu depoimento, publicado no dia 11 no Estadão.

"Entrei no Estádio Nacional do Chile em 2 de outubro de 1973, numa manhã ensolarada de primavera. Era a segunda vez que visitava o principal templo do sofrível futebol chileno desde meu desembarque em Santiago, dois anos antes. Na primeira ocasião, fora assistir à festa de despedida de Fidel Castro, com direito a um de seus quilométricos discursos. Dessa vez, no entanto, não estava ali por vontade própria. A bordo de uma camionete, chegara escoltado por três detetives da central da Polícia Civil do Chile. O Estádio Nacional fora transformado num campo de concentração onde estavam confinados milhares de trabalhadores, intelectuais e membros dos partidos de esquerda, detidos desde as primeiras horas do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende.
Como a maior parte das centenas de estrangeiros que lá estavam, o motivo da minha prisão foi exatamente o fato de ser estrangeiro - o golpe desencadeara uma onda xenofóbica nunca vista. Além de ser brasileiro, asilado, era portador de material altamente subversivo, no entender dos Carabineros (policiais militares): os livros Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski, e Arquipélago Gulag, de Alexander Soljenitsin...
Tão logo os policiais civis me entregaram aos militares, fui conduzido junto a um grupo de presos recém-chegados a uma ala na parte inferior do estádio, onde deveriam ficar os prisioneiros que ainda teriam de passar por interrogatório.
Como sinal de boas-vindas, não nos serviram nada para comer nas primeiras 24 horas. O mesmo tipo de gentileza foi reproduzido na hora de dormir: amontoados, tivemos de nos estender sobre o ladrilho frio do vestiário.
Depois de meu interrogatório, meus inquiridores recomendaram 'liberdade condicional'. Imaginei que em pouco tempo estaria em casa novamente. Engano. A recomendação valia apenas para os chilenos, que iam sendo liberados em doses homeopáticas diariamente.
O jeito foi nos munir de paciência à espera de que a pressão internacional fizesse com que os militares nos liberassem. Àquela altura, os organismos internacionais como o Alto Comissariado da ONU para Refugiados e entidades como a Cruz Vermelha já haviam conseguido furar o bloqueio dos militares, entrando no estádio e fazendo contato com os prisioneiros. Com isso, diminuía a possibilidade de desaparecimentos ou fuzilamentos, como aconteceu nos dias imediatamente seguintes ao golpe. O que não impediu que um dos presos, o ex-capitão da PM de São Paulo Vânio José de Matos, diagnosticado com uma grave infecção intestinal, acabasse morrendo por falta de tratamento adequado. Ou que agentes do Cenimar, o serviço de inteligência da Marinha do Brasil, tenham recebido livre acesso para interrogar alguns brasileiros, ao mesmo tempo em que brindavam seus colegas chilenos com uma aula prática de pau-de-arara, usando como cobaia um de nossos companheiros.
A chegada do Cenimar aconteceu nas últimas semanas da nossa permanência no campo de concentração. Logo voltamos à rotina de todos os dias: acordar, tomar o café insatisfatório, ficar sentados nas arquibancadas do estádio o resto do dia, com uma breve interrupção para o almoço. Nos intervalos, inclusive à noite, passávamos o tempo conversando ou então assistindo ou participando de shows organizados pelos prisioneiros.
Nossa saída, no começo de novembro, foi precipitada por um fato não previsto pelos militares: a proximidade da partida entre a Seleção do Chile e a da então União Soviética, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1974. Pressionados pela FIFA, que, inclusive, enviou uma delegação para verificar se o Estádio Nacional estava sendo utilizado como campo de prisioneiros - desnecessário dizer que os militares tentaram 'esconder' os detidos, trancando-os nos vestiários -, tiveram de esvaziá-lo a toque de caixa, enviando os presos para outros locais ou entregando-os à proteção da ONU, como foi o nosso caso."

11.12.06

cadê a televisão?

Os dois primeiros jogos do Mundial já aconteceram e eu não assisti. Fui passar o fim de semana na praia, e quando entrei no apartamento a tv não estava lá. Mas não fui o único. Se você não paga por uma tv a cabo, também não deve ter assistido. Sexta Feira fiz questão de entrar no site da Globo prá ver se o jogo do Auckland estava na programação, e mesmo depois da confirmação de que no horário do jogo estaria passando algo como a Santa Missa com o Padre Marcelo Rossi ou o Globo Rural, algo dentro de mim dizia que o site estava errado, um fio de esperança ainda soprava que eu poderia sim assistir ao jogo. Não sei direito que sentimento foi esse que veio lá de dentro, mas ele mentiu prá mim. Dei também uma olhada prá ver se na segunda eles iriam passar Jeonbuk x América. Bom, esse estava na programação, mas de nada adiantou eu acordar cedo prá ver o jogo. Os desgraçados não passaram porcaria nenhuma. Será que o do Barça vai passar, ou só vai rolar o do Inter?!
A Globo e a Record, já faz um tempo, estão brigando pelos direitos de transmissão do futebol aqui no Brasil. Seria realmente bom se as duas emissoras pudessem transmitir as partidas, e não a mesma partida. Pelo menos assim eu teria a chance de escolher entre assistir ao jogo do Santos ou do Corinthians. Porque nenhuma delas passa jogo de outra equipe, a não ser que seja obrigada de uma forma ou de outra, como por exemplo uma campanha ridícula de algum desses dois times. Bom mesmo seria se o futebol fosse democratizado, e qualquer emissora pudesse transmitir qualquer jogo que lhe desse na telha. Quanto custa o campeonato? 45 milhões? Divide-se esse valor pela quantidade de emissoras interessadas e pronto. Depois cada uma que coloque o seu equipamento no campo e dê um jeito de transmitir.
Pelas razões óbvias não vou poder comentar os dois jogos do Mundial, pois nem os gols consegui ver. Mas sei que o Al-Ahly teve que correr muito prá derrotar o Auckland e que o Jeonbuk correu muito mas foi derrotado pelo América. Dois resultados previsíveis, mas que de qualquer forma eu gostaria de ter assistido.

8.12.06

futbol club barcelona


“Som més que um club”. Esse é o lema do Futbol Club Barcelona, o clube mais rico a participar deste campeonato. Fundado em 1899, o time espanhol tenta o seu primeiro título mundial. Uma das características mais marcantes do clube é a sua resistência em estampar marca de patrocinadores em sua camisa, traço da personalidade forte do povo catalão, povo que em 1922, na inauguração do 1º estádio do clube, o Lês Corts, vaiou a marcha real, num sinal de descontentamento com a monarquia. O campo foi interditado por 6 meses e o seu fundador e presidente, o suíço Hans Gamper, foi exilado.
A rivalidade com o Real Madri remete à Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939, período em que o clube viveu a sua pior crise, devido sua conotação republicana.
O clube, que havia virado símbolo da luta contra o franquismo, foi pressionado a deixar o Real vencer a disputa pela meia-final da Copa da Espanha de 1943. Após vencer o primeiro jogo por 3x0, deixou-se bater no segundo por 11x1.
Hoje o Barça manda seus jogos no Camp Nou, um moderno estádio com capacidade para 98.678 pessoas. Possui inacreditáveis 144.892 sócios.
Entre as estrelas que já passaram por lá, estão nomes como Diego Maradona e Johan Cruyff, além de Romário, Hristo Stoitchkov, Ronaldo e Rivaldo. Na década de 50 o húngaro Lásló Kubala era o principal jogador, e chegou até a ser considerado o melhor de todos os tempos.
O Barcelona é favoritíssimo ao título, apesar de algumas baixas, como Samuel Eto´o e o argentino Leonel Messi, que estão machucados. Em 1992 disputou o título com o São Paulo, e após abrir o placar com Stoitchkov, em um chute certeiro da intermediária sãopaulina, tomou a virada, com gols de Muller e Raí, e acabou levando a pior.

Principais Títulos:

- 18 Campeonatos Espanhóis
- 24 Copas da Espanha
- 07 Supercopas da Espanha
- 04 Copas Eva Duarte
- 02 Copas da Liga
- 02 Ligas dos Campeões da UEFA
- 04 Recopas Européias
- 04 Taças da UEFA
- 02 Supercopas Européias
- 01 Taça de Amsterdã
- 01 Pequena Taça do Mundo
- 03 Copas Latinas

De olho nele:

É difícil destacar um jogador só nesse time, mas o brasileiro Ronaldinho Gaúcho é mesmo a maior estrela. Este ano comandou o Barça na conquista do Espanhol e da Liga dos Campeões, e apesar de ter feito uma Copa do Mundo bem abaixo das expectativas, assim como toda a seleção brasileira, tem subido de produção e foi indicado como um dos 03 melhores do mundo em 2006, podendo levar o prêmio pela 3ª vez consecutiva.
O jogador, de 1,81 m e 80 kg, é o responsável pela armação das principais jogadas da equipe, além de chegar a frente para finalizar. É o maior acrobata do futebol na atualidade, e suas jogadas e gols espetaculares são a maior esperança da torcida catalã.



6.12.06

a chuva



"o vento vai dizer lento o que virá
e se chover demais a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois sorrir em paz.
(só de encontrar...)"

Prá uns a chuva traz desgraça, pra outros é sinal de fartura, traz a salvação. Tem gente que na chuva vê poesia. Tem criança que acredita que é Deus chorando. Minha mãe me dizia que era São Pedro lavando o quintal. A chuva pode ser e representar muitas coisas. No meu caso, mais especificamente, ela é basicamente água caindo do céu. E água molha. E estraga o esforço de quase uma semana pra curar a rouquidão de uma garganta cansada depois de um show. A chuva pode ser boa e pode ser ruim. Não só nos extremos ou para pessoas com vidas totalmente diferentes, mas pra mim. Ela me ajuda a enfrentar o trânsito que ela mesma causou, porque é bonito vê-la cair, e se tiver o 4 prá escutar enquanto isso, sou capaz até de agradecer por ela ter causado esse trânsito. Tomara que ela dure o cd inteiro.A chuva traz um pouco mais de dor pra música do Los Hermanos.
Na maioria das vezes em que chove assim forte e a cidade se vê castigada, eu me lembro da noite da minha colação de grau, em 92. Foi em Dezembro mesmo, e o São Paulo, que tinha acabado de ganhar o seu primeiro mundial, naquele dia venceu o Palmeiras e conquistou o Paulistão. O Palmeiras, ainda na fila, e já com a Parmalat. Lembro que saí de casa atrasado, e fomos ouvindo todos os comentários sobre a partida no carro. Naquele tempo minha mãe não ligava muito se o Palmeiras perdesse do São Paulo, assim como até hoje eu não consigo ter essa rivalidade toda com eles. Pra mim é até natural torcer pelos verdes, desde que não seja contra o meu time.
Sempre gostei bastante de futebol, e quando tinha nove anos cheguei mesmo a curtir o São Paulo de 86, com Careca, Muller e Pita. Mas aquele time de 92 me trouxe alguma coisa a mais. Se há e se pode definir o momento na minha vida em que decidi entre ser um torcedor de verdade ou apenas um desses caras que ficam sabendo do resultado do jogo pelo jornal, se realmente é possível de se definir uma coisas dessas, acho que foi nesse dia. Porque pra mim já não bastava ter ganho o Mundial em cima do Barcelona de Cruiff, ERA REALMENTE NECESSÁRIO QUE GANHASSEMOS AQUELA FINAL! E é isso que te transforma num torcedor, é essa gana. Sonho com o dia em que eu possa assistir a um jogo do São Paulo sem me preocupar com o placar, apenas pelo prazer de ver o time jogar. E eu sei que esse dia nunca irá chegar. Isso eu aprendi na mesma hora em que eu fiz a minha escolha.Aquele dia me serviu pra muitas coisas, foi na minha colação que descobri que os amigos que tinha feito seriam aqueles com quem passaria o resto da minha vida, seriam os meus amigos definitivos. Percebi também que nenhuma daquelas garotas iria se transformar na minha garota. O que eu queria não estava ali. Meu pai teve a sua primeira crise de diabetes naquela noite, e nem pôde ficar pra me ver dançar a valsa com a minha mãe. De várias maneiras diferentes, a chuva que caiu serviu pra levar tudo o que eu tinha sido e não seria mais. Serviu pra trazer coisas novas. No fim, ficou apenas o que realmente importava, não fazendo distinção se era bom ou ruim. A chuva é assim.

sport club internacional


O Inter foi fundado em 1909 por dois irmãos paulistas, que recém chegados a Porto Alegre e encontrando dificuldades para tornarem-se sócios de algum dos dois clubes da cidade, o Grêmio e o Fussball, resolveram fundar o seu próprio clube. Os irmãos então convocaram estudantes e comerciários para uma reunião na Avenida Redenção, e assim nasceu o Sport Club Internacional, em 04 de Abril de 1909.
Após 03 meses de fundação, os cartolas do Inter convidaram seu rival Grêmio, fundado seis anos antes, para uma partida, e então aconteceu o primeiro Gre-Nal da história, com vitória dos azuis por 10x0.
Ao longo de sua vida, o clube portoalegrense colecionou títulos e ídolos, como Batista, Falcão e o paraguaio Figueroa, do inesquecível esquadrão de 79, campeão brasileiro invicto. Atualmente, o Internacional manda suas partidas no Beira Rio, estádio com capacidade para 56.000 pessoas, e se qualificou para a disputa do título mundial ao derrotar o São Paulo na final da Libertadores 06. É considerado uma das forças da competição ao lado do Barcelona.

Principais Títulos:

- 24 Campeonatos da Cidade de Porto Alegre
- 37 Campeonatos Gaúchos
- 03 Campeonatos Brasileiros
- 01 Copa do Brasil
- 01 Libertadores da América
- 02 Torneios Viña del Mar (CHI)
- 01 Torneio Casablanca (MAR)
- 01 Troféu Juan Gamper (ESP)
- 01 Torneio Costa do Sol (ESP)
- 01 Torneio Costa do Pacífico (CAN)
- 01 Copa Kirin (JAP)
- 01 Troféu Cidade de Vigo (ESP)
- 01 Torneio Internacional de Glasgow (ESC)
- 01 Copa Wako Denki (JAP)
- 01 Torneio Mercosul

De olho nele:

Após a transferência de Rafael Sóbis para o futebol europeu, o atacante goiano Fernandão se transformou na principal esperança de gols do time. O jogador, de 28 anos e 1.90 m, tem como principal característica as bolas altas, mas também é habilidoso com a redonda nos pés, além de ser ótimo finalizador. Fez sua estréia como profissional em 97, jogando pelo Goiás. Em 2001 foi atuar na França, com passagens pelo Olympique de Marselha e Tolouse, chegando ao Inter em 2004.

5.12.06

voltando....


O Inter que se cuide! Ronaldinho voltou a jogar bem e comandou o Barça na vitória sobre o Werder Bremen. Fez o primeiro gol e começou a jogada do segundo, além de passes precisos e algumas jogadas de efeito.
O legal de ver o Ronaldinho jogar é que ele não vence todas as vezes, nem toda jogada que ele tenta dá certo, e muitas vezes ele pára na marcação. Mas ele nunca tenta uma jogada normal, é difícil vê-lo dar um toquinho de lado, ou apenas recuar a bola pro goleiro. Nas oportunidades em que ele consegue concretizar a jogada, ela é sempre bonita. Não tem lance certo do Ronaldinho que seja feio. O seu gol de falta no jogo contra o Bremen, por exemplo. Se a barreira não pula, a bola iria parar ali e pronto. Mas ele entevê a jogada, ele sabia que os jogadores iriam pular. E daí surge o golaço, a jogada mágica.
Muita gente aqui no Brasil o critica, dizendo que ele não joga bem na seleção. Quer saber? Foda-se! O cara mata a pau no Barcelona, e prá mim basta.
Para os colorados, vale lembrar que ele jogava pelo Grêmio...

club de futbol américa



O club de Futbol América, ou apenas América, como é mais conhecido, joga na Primeira Divisão do México e é um dos clubes mais populares do país. Os Águilas, como é chamado por sua fanática torcida, foi fundado em 1916 e manda seus jogos no lendário estádio Azteca, que tem capacidade para 114.600 torcedores e foi palco da final da Copa do Mundo de 70. Seu principal adversário é o Chivas Guadalajara, campeão da Libertadores em 2004, e o jogo entre os dois clubes é considerado o maior clássico mexicano.
O América é considerado a 3ª força neste campeonato, atrás do Barcelona e do Internacional, e se passar pelo Jeonbuk enfrentará o clube catalão na semi final.
O clube foi o primeiro a conquistar a vaga para o torneio, ao vencer o também mexicano Toluca por 2x1 e sagrar-se campeão da Copa da Concacaf 2006.

Títulos:

- 10 Campeonatos Mexicanos
- 05 Copas do México
- 05 Copas da Concacaf
- 02 Copas Interamericanas

De olho nele:

O time possui vários jogadores importantes, como o atacante paraguaio Nelson Cuevas, o meia argentino Matía Vuoso e o zagueiro Duílio Davino, além do técnico Luis Fernando Tena, campeão mexicano por diversos clubes. O seu principal goleador é o atacante Salvador Cabañas, contratado pelo clube em 2003. Mas a principal estrela é o goleiro Francisco Guillermo Ochoa, reserva da seleção na Copa do Mundo 06. O jogador, que namora com Dulce Maria, estrela pop do grupo Rebeldes, é constantemente capa não só de diários esportivos como também de revistas de fofoca.

Site: www.esmas.com/clubamerica

4.12.06

eleição dos melhores - parte 01

Uma radio italiana, através de seu programa Catersport, elegeu os piores jogadores de 2006. O troféu "Bidone d´oro", ou Perna de Pau de Ouro, contou com a votação de pouco mais de 10.000 ouvintes e consagrou o brasileiro Adriano, da Inter, o pior jogador da Velha Bota.
Dois jogadores do Milan aparecem logo atrás, Gilardino, como vice campeão, e o também brasileiro Ricardo Oliveira, que ficou com a terceira colocação.
Entre os 10 primeiros, dois jogadores que já não estão mais no futebol italiano: Amoroso e César, ambos no Corinthians.

eleição dos melhores - parte 02

Saiu a lista com os melhores do Brasileirão 06. A festa foi no Teatro Municipal do Rio, e os eleitores, entre eles críticos, jogadores e técnicos, elegeram Rogério Ceni não apenas como melhor goleiro, mas também como o melhor jogador do campeonato. Na votação popular, realizada na internet, o prêmio foi para o meio campo Renato, do Flamengo.
O São Paulo foi o clube com maior número de jogadores premiados, 04, seguido pelo Internacional, com 02.

A lista completa:

Rogério Ceni - São Paulo
Souza - São Paulo
Fabão - São Paulo
Fabiano Eller - Internacional
Marcelo - Fluminense
Mineiro - São Paulo
Lucas - Grêmio
Zé Roberto - Botafogo
Renato - Flamengo
Souza - Goiás
Fernadão - Internacional

Técnico: Muricy Ramalho
Árbitro: Leonardo gaciba ( Federação Gaúcha)

eleição dos melhores - parte 03

Ronaldinho Gaúcho, Canavarro ou Zidane?

Pois é, um desses três será escolhido o Melhor Jogador do Mundo no dia 15.
Enquanto neste ano Ronaldinho ganhou o prêmio pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais e a revista francesa France Football elegeu Canavarro o melhor, lhe dando sua Bola de Ouro, Zidane chega a disputa credenciado por sua obra. Já aposentado, o título soaria como homenagem.
Se o prêmio ficar com o Zidane ou Ronaldinho, estará em boas mãos, nada a contestar.
Mas o Canavarro não. Tudo bem, o cara é bom pra cacete, ganhou a Copa e tudo o mais, mas daí até ser o melhor jogador do mundo tem muito mingau pra rolar. Tenho certeza que se no lugar dele estivesse o Lugano ou até mesmo o Lúcio, a Itália teria sido campeã do mesmo jeito. O cara é bom, mas não é melhor que o Nesta, por exemplo, só pra ficar nos defensores italianos. Nada contra quem joga na defesa, mas tem que fazer a diferença. O Oliver Kanh, em 2002, fez a diferença. O goleiro alemão levou a sua seleção até a final. Ok, chegando lá falhou e entregou, mas sem ele a Alemanha não teria nem chegado.
O Ronaldinho, apesar de sua atuação na Copa, fez a diferença no Barcelona. Durante todo o 1º semestre jogou muito, e ganhou não só o Espanhol como também a Champions. Decidiu várias partidas e fez diversos golaços, além de jogadas espetaculares.
Sobre o Zidane não tem nem o que se falar. Não teve uma temporada brilhante, mas foi a principal peça da Copa. Anunciou a aposentadoria e fez com que todo o mundo acompanhasse os jogos da França com muito mais atenção. Por tudo o que fez pelo futebol, seria uma homenagem justíssima.
Como não sou eu quem escolho, vou ter que esperar até sair o resultado. Mas aposto no brasileiro, apesar de preferir o Zizou.

3.12.06

Chonbuk Hyundai Motors Football Club


Chonbuk Hyundai Motors Football Club. Este é na verdade o nome oficial do clube, que é mais conhecido como Jeonbuk.
O clube sul-coreano, fundado em 1994 com o nome de Chonbuk Dynos, tem a sua sede na cidade de Jeonju e é administrado pela gigante Hyundai. Seu estádio, o Jeonju World Cup Stadium, foi uma das sedes da copa de 2002, e tem capacidade para 42.477 espectadores.
Apesar de pouco tempo de vida, o clube já mudou de distintivo duas vezes, uma em 1997, quando também mudou de nome, passando a se chamar Chonbuk Hyundai Dynos, e outra em 2000, ano em que ganhou seu primeiro título, a Copa da Coréia do Sul. Em 1999 passou a ser administrado pela Hyundai.
O Jeonbuk conquistou a vaga pra competição ao bater o Al Karama, da Síria, na final da Liga dos Campeões da Ásia 2006, com um gol nos acréscimos do brasileiro Zé Carlo, para a alegria de suas principais torcidas, a Mad Green Boys e a Green Union.
Faz sua primeira partida contra o América do México, no dia 11.

Títulos:

- 03 Copas da Coréia do Sul
- 01 Supercopa da Coréia do Sul
- 01 Liga dos Campeões da Ásia

De olho nele:

Apesar de Zé Carlo ter garantido a participação do clube no Mundial, outro brasileiro é considerado a pecha chave do time. É o meio campista Botti. O mineiro de Juiz de Fora é o ponto de equilíbrio do time, armando as principais jogadas.

Site: http://www.hyundai-motorsfc.com/

acabou

A última rodada do Brasileirão 06 serviu prá garantir ao Paraná uma vaga na Libertadores, além de confirmar o São Paulo como o melhor time em todos os quesitos: melhor ataque, melhor defesa, maior número de vitórias e a 1ª colocação, já assegurada duas rodadas atrás.
O Grêmio perdeu o jogo e a chance de ultrapassar o Inter na disputa pelo 2º lugar, mas fez boa campanha e promete para o ano que vem.
Agora é hora dos clubes se programarem para a temporada 2007, e ver quem consegue mais reforços para tentar desbancar o campeão São Paulo.

1.12.06

quadrado mágico


Todos apostavam suas fichas em Ronaldinho, Ronaldo, Adriano e Kaká. Era o "Quadrado Mágico". Com eles ninguém podia. Todas as fichas se foram, e o hexa junto com elas. Detestei.
Quando ouvi o primeiro cd dos Los Hermanos, detestei também. Foi o Gil quem me mostrou. Se me lembro bem, foi na noite de sua tragédia maior. Perdeu a namorada, bateu o carro e ainda foi assaltado. Tudo em menos de 3 horas. Perdeu também uma ótima chance prá ter ficado em casa. Pobre Gil...
Então, voltando aos quatro barbudos, o primeiro cd não é mesmo muito bom, pelo menos ao meu gosto... o Gil continua adorando. Mas é melhor passar uma tarde inteira ouvindo-o do que assistir a um VT (sim, um VT, por quê não?) de qualquer jogo do Brasil na Copa. A maioria dos comentaristas diziam que essa seleção seria a melhor de todos os tempos, e blá blá blás gerais, meio que querendo prever o que iria acontecer. Queimaram a língua. E eu também. Não é que o Los Hermanos virou uma banda legal?! Bem legal, aliás. O Bloco do Eu Sozinho já é um puta disco, e o Ventura pode ser considerado um dos melhores dos últimos, sei lá, 16 anos!?
O que faltou na seleção é o que sobra na banda carioca, entrosamento. Ali ninguém quer aparecer, e acaba que todo mundo aparece. Se na seleção em vez de 4 estrelas tivessem dois muito bons e outros 2 que segurassem a barra, talvez aí desse certo. Faltou o Barba e o Medina ali no meio de campo. Alguém prá carregar o piano enquanto os outros mandassem prá rede.
O verdadeiro Quadrado Mágico ficou no Brasil, graças a Deus, e lançou disco novo, faz um tempo, é verdade, mas não me canso, ouço sempre. E vou ouvir hoje de novo. É, hoje tem show. Não vai ter bicicleta nem gol do meio de campo, mas vai ter Sentimental. Nada melhor do que ouvir O Último Romance, ali, bem de perto. Só eu sei. Tá bom, você também. Afinal, essa música fui em quem fiz prá você. Só não avisaram o Amarante, mas um dia ele vai saber.
"E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão
sabe que eu te encontrei...."

4 é o nome do último cd do Los Hermanos.

...na voz do zé silvério: "amarante toca prá medina, ele dá um giro e lança na ponta , barba pega de primeira e....no paaauuuuuuu...camelo no rebote....ihh, que golaço!!!!!