14.10.07

irmão, amigos e influências

Muito do que ouço hoje foi meu irmão quem me mostrou.
Sex Pistols, Doors, Led Zeppelin... Uma hora ou outra eu ia acabar conhecendo, mas foi em casa que aprendi a gostar.
Se na quarta série do 1º grau, nos idos de 1988, eu subia nas carteiras do Colégio Vicente Pallotti e cantava Surfista Calhorda, isso é culpa dele.
A Sica sempre fala do pai dela quando o assunto é música. Foi ele quem formou boa parte da "educação musical" que ela tem hoje. Com muita gente é assim. Comigo foi um pouco diferente. Meu pai gostava de música clássica, Jovelina Pérola Negra e Alvarenga e Ranchinho. Eu escutava, e dos caipiras eu até gostava. Mas o que me chamava atenção mesmo eram os discos do meu irmão. O irmão mais velho, saca?
Joy Division, Hüsker Dü, Plebe Rude... Isso pra não falar de Stevie Ray Vaughn.
Ele sempre foi pra mim como o irmão da Winnie Cooper era pro resto do suburbio.
Claro que a gente cresce, e as opiniões dele não são necessariamente as mesmas que as minhas, mas pelo menos no que diz respeito a boas músicas, isso eu devo muito a ele.
Hoje ainda temos alguma afinidade musical, mas algumas coisas que gosto ele não curte muito, e várias coisas que ele conhece eu nem sei que existe, apesar de não saber que ele conhece, senão eu saberia que elas existiriam, e daí esse meu pensamento não teria nenhuma lógica.
Enfim, tem sempre alguém pra te influenciar em alguma coisa: time, música, religião ou mesmo entre um bolo de chocolate ou fubá. Ou os dois.
Os meus amigos vivem fazendo isso comigo, sem nem mesmo perceberem.
Isso não faz com que eu perca a minha identidade, apenas tem o efeito de complementá-la, porque no fundo quem decide se gosta mesmo de alguma coisa ou não sou eu, com meu jeito rabugento. O que importa é que o que vocês falam, ouvem, pensam e escrevem tem importância, e eu gosto mesmo que tenha, apesar de às vezes não ter tempo de refletir para depois concordar ou não.
Mas continuem me enchendo de coisas novas, pois mesmo sem perceberem, vocês vão me mudando, e assim o mundo fica menos chato.
Pelo menos o meu e o da Sica.

3 comentários:

Anônimo disse...

Se bem que Cansei de Ser Sexy, o Bar do Léo, a Ouro Fino, a Guacamole(????) e outras mumunhas mais eu só conheci ou realmente vim a saber do que se tratava exatamente pelo que você me contou, né, negro imundo?
Mas quer uma dica pro Emule?
Basia Bulat e Bright Eyes.
Fodérrimos!
P.S. - eu sempre gostei de tocar, mas quem teve banda pra valer foi você.
Eu sempre sonhei em conhecer o mundo, mas quem foi à Europa foi você.
Eu adoro qualquer tipo de expressão literária, mas o talento ficou todo contigo: puta injustiça!

Anônimo disse...

Pois é, sempre soube que meu tio sabia das coisas...
Poucas coisas no Brasil são tão boas como Jovelina!

Fora do Brasil? Sem chance!

Anônimo disse...

devidamente adicionado. grande abraço.