15.11.06

3x0...fê, sica e lígia!!


As três aí em cima, Fê, Sica e Ligia, de uma forma ou de outra, são pessoas importantes prá mim. A Fê, apesar de ter sido a últimas delas que eu conheci, participou de um momento de mudança, sempre com conselhos cruéis, porém úteis. E foi ela que me reaproximou da Lígia, no mesmo momento e com conselhos tão cruéis quanto. E as duas me trouxeram, e me fizeram conhecer melhor a Sica. E nos conhecemos tão bem que casamos. Na alma e aos olhos da Lei. Mas por quê falar delas num blog totalmente dedicado ao esporte?! Bom, você não as conhece. A Maria Fernanda, que assina o blog Compartilhar, esse mesmo que eu indico aí ao lado, é uma doente pelo São Paulo. Assisti a final da Libertadores-05 na sua casa, num dia de férias, engolindo azeitonas libanesas como se fossem tremoços, e quase tendo um ataque do coração quando o Horacio Elizondo, juiz argentino, assinalou penalty no fim do primeiro tempo, e gritando feito um louco quando o meia Fabrício acertou a trave do Ceni. A Fê é daquelas que chega contando vantagem quando o time ganha.
Assitimos também a final da Libertadores-06, só que desta vez aqui em casa, mas essa deixa prá lá... Aliás, a Lígia também estava aqui, assistindo com a gente, e acho que foi o olho gordo dessa palmeirense que fez o Lugano perder aquele gol logo no começo da partida. A Lígia vai aos jogos no Palestra com a minha mãe, mas acho que o sonho dela é ver uma partida do Arsenal lá em Highbury... Acho que um dia ela vai.
A Sica é a mais engraçada das três. Nunca tinha ido no Morumbi, e quando criança torcia prá Ponte Preta. Mas aí veio o Raí e ela virou sãopaulina... Cíumes? O que eu posso falar desse cara!! Ele ganhou o Brasileiro de 91, foi campeão paulista em 89, 91, 92, 98 e 2000, bi da Libertadores em 92/93, levantou a taça no mundial de 92, com um gol antológico, que deixou o Zubizarreta parado, e ainda foi campeão do Torneio Ramon de Carranza e do Tereza Herrera em 92. E além disso tudo fez a minha mulher virar sãopaulina!!!! Imagina só ter uma pessoa torcendo prá outro clube aqui em casa. Eu estaria escrevendo esta crônica da cela. Ciumes? Não, gratidão.
O primeiro jogo que eu e a Sica fomos juntos ao Morumbi, foi também a primeira vez que ela pisou no estádio. Foi na terceira rodada, contra o Santa Cruz, e o São Paulo ganhou por 4x0, com direito a gol de falta do Rogério e um público de um pouco mais de 9.500 pagantes. Saímos de lá com a promessa de que a levaria para ver um jogo da Libertadores. Ela queria ver o Morumbi lotado. Não como no show do U2. Ela queria ver a torcida. Fomos ver alguns jogos da Libertadores, e contra o Palmeiras minha mãe e a Lígia foram também, cada um na sua torcida. A nossa era maior, e nossa noite foi mais feliz. A Sica pegou um certo medo de jogos muito cheios, mas ela só percebe isso quando a gente já está lá no meio da arquibancada vermelha. Domingo estaremos lá, junto com outros 70.000, e lá pelos 20 min do segundo tempo ela vai virar prá mim e dizer que está com um pouco de medo. Eu vou pegar a sua mão, lhe abraçar, e daí ela fica calma. O São Paulo já vai estar ganhando por 3x0, e o título vai estar garantido. A Sica é assim, se apaixona pelas coisas. Tenho certeza que ela nunca vai esquecer a primeira vez que viu o seu time ser campeão, de dentro do estádio, lá no meio da arquibancada vermelha. Assim como eu não esqueço daquele dia que eu a vi, sentada na mureta do Unibanco, chorando sozinha, no meio de uma greve que mudou minha vida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei! Esse trio vale por um time completo.
E pra ser sincera, muito sincera, eu sequei muito seu time na final da Libertadores... Hahaha!

Anônimo disse...

Calúnia!!! Não foi assim que virei são-paulina! Sou tricolor desde os sete anos, quando desisti da Macaca por ter percebido que negar a linhagem familiar no futebol era uma tentativa arriscada de buscar a própria identidade, visto que num contexto musical eu poderia virar pagodeira.